Anti-imperialismo

Encontro de solidariedade termina em Cuba com apelo à unidade e o brado ‘Lula livre já’

04/11/2019

Terminou neste domingo (3) em Havana o Encontro Anti-imperialista de Solidariedade, pela Democracia e contra o Neoliberalismo. Durante três dias, mais de 1.200 delegados de 95 países se reuniram no Palácio de Convenções da Capital cubana com a finalidade de unir forças progressistas em função da paz e contra as políticas neoliberais. No discurso de encerramento, o presidente de Cuba Miguel Díaz-Canel lançou o brado “Lula livre”! E insistiu: “Lula livre já”!

Encontro internacional realizado em Cuba no último fim de semana buscou unir os povos na luta anti-imperialista. No encerramento, o presidente cubano Miguel Díaz Canel lançou a palavra de ordem “Lula livre já”!

Participaram líderes de movimentos sociais, partidos políticos, figuras destacadas do mundo intelectual e acadêmico, para abordar os novos desafios da esquerda diante da crescente hostilidade do imperialismo.

O Encontro homenageou o comandante da Revolução Cubana, Fidel Castro e o herói das lutas pela independência, José Martí. Estiveram presentes o Primeiro-Secretário do Partido Comunista de Cuba, Raúl Castro, o presidente da República, Miguel Díaz-Canel, o presidente da Assembleia Popular Nacional (Parlamento), Esteban Lazo, o presidente Venezuelano, Nicolás Maduro, entre outras destacadas lideranças cubanas e latino-americanas.

O Brasil tinha uma numerosa delegação com dezenas de lideranças partidárias e de movimentos sociais. A presidenta do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, recebeu das mãos dos dirigentes cubanos 2 milhões de assinaturas de cidadãos da ilha, recolhidas durante duas semanas, pedindo a libertação do presidente Lula.

A presidenta do Conselho Mundial da Paz, ex-deputada Socorro Gomes, destacou numa das mesas de debate a necessidade de união dos povos para enfrentar o imperialismo e conquistar um mundo de paz.

O Encontro aprovou uma resolução de solidariedade a Cuba, contra o bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos, e um abrangente documento político com moções de solidariedade aos povos em todos os continentes, ressaltando a nova etapa da luta na América Latina, nas urnas, nas rebeliões populares e nas redes sociais.

Fernando González Llort, presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP) dedicou as palavras iniciais do encontro ao líder histórico da Revolução Cubana, Fidel Castro: “A ele, que tanto fez pela unidade, imprescindível para a resistência”.

González insistiu na importância de concretizar a mais ampla e urgente mobilização de todas as forças articuladas para condenar a escalada imperialista ianque, através da campanha #ManosFueraDeCuba.

“60 anos de bloqueio e aqui estamos, alegres e otimistas, convencidos de que com a força e a solidariedade de todos vocês, eles não poderão derrotar-nos jamais. Não existe nenhuma outra tribuna melhor do que este espaço para dizer que Cuba não renunciará jamais a seus princípios e à solidariedade”.

Ao encerrar o encontro na tarde deste domingo (3) o presidente cubano Miguel Díaz-Canel enviou uma saudação especial a todos os que resistem e afirmou que o apoio, o entusiasmo, a solidariedade emocionam e se transformam em compromisso.

Falando sobre a conjuntura internacional, o presidente cubano assinalou que em todo o mundo há uma preocupação com os retrocessos em âmbitos importantes como a paz, a autodeterminação e a soberania das nações, o meio ambiente e o enfrentamento às mudanças climáticas, os direitos humanos, a justiça social e a busca da igualdade econômica.

Díaz-Canel destacou que na América Latina os povos da região sofrem com o retorno da Doutrina Monroe e as piores práticas do macartismo. E denunciou a sequência descontrolada de ações de ingerência que a atual administração estadunidense desencadeou desde sua chegada ao poder.

Díaz-Canel observou a resistência e a luta dos povos no Equador, no Chile e as vitórias eleitorais das forças progressistas na Argentina e Bolívia.

E ao falar sobre o Brasil lançou o brado: “Lula livre”! Enfatizando em seguida: “Lula livre já!”

Redação de Resistência, com informações do Granma e do Cubadebate 

Compartilhe: