Momento pede concentração total de forças pela reeleição de Dilma

10/10/2014

O momento nacional chama vivamente a esquerda, as forças progressistas e patrióticas a uma reflexão detida e a uma atitude firme, corajosa e consequente.

José Reinaldo Carvalho *

Em grande medida, os resultados eleitorais de cinco de outubro revelaram a existência de uma onda de direita, nada obstante a presidenta Dilma ter obtido um resultado que lhe dá a liderança e uma vantagem de oito milhões de votos sobre seu principal contendor, a eleição de governadores de esquerda e do centro democrático e o posicionamento em condições de competitividade nas disputas do segundo turno em 14 estados.

A direita brasileira encontra-se em plena ofensiva. Tirante o largo tempo da ditadura militar (1964-1985), em nenhum outro período da história recente do país a direita atuou com tamanhas desfaçatez e desenvoltura, a tal ponto que ninguém menos que um ex-presidente da República fornece, com suposta erudição sociológica, combustível e matéria prima para a usina de preconceitos e valores discriminatórios e vexaminosos contra pobres e nordestinos.

Lula durante Plenária pela Reeleição de Dilma realizada em São Paulo, nesta quinta (9)

O monopólio da informação e da difusão de opiniões por uns poucos grupos que monopolizam os meios de comunicação sufoca e castra a liberdade de expressão, calando as vozes representativas da emancipação nacional e social. Notórios fascistas são consagrados nas urnas, numa revelação de que há base de massas para a atuação de forças abertamente de direita com força política, influência de opinião pública e base social.

Desde domingo, as vanguardas da direita neoliberal e conservadora estão em plena operação política para fabricar apoios políticos ao seu candidato, Aécio Neves. Magnificam as tratativas entre este e a candidata derrotada do consórcio PSB-Rede, vendendo-as como entendimentos democráticos e programáticos. Exibem nos noticiários televisivos em horário nobre as manifestações de apoio ao candidato do PSDB de micropartidos e grupúsculos de direita e outros, travestidos de centro-esquerda, como se se tratasse de grandes acontecimentos políticos. O PSB, partido que no passado integrou a frente democrática, popular e patriótica, trai seus ideais e declara apoio ao candidato entreguista e antidemocrático. Os grandes jornais publicam editoriais dando orientações estratégicas e táticas sobre o recolhimento de apoios a Aécio Neves e a neutralização de lideranças políticas que são aliados naturais da presidenta Dilma.

A megaoperação política é reveladora da decisão tomada pela direita brasileira de reconquistar o governo federal, por meio de uma extraordinária concentração de forças. Pretende naturalizar palavras de ordem como “Fora PT” e “Fora Dilma”.

Num quadro como este, não são admissíveis tergiversações nem atitudes vacilantes. É imperativo que as forças progressistas e de esquerda façam uma total e intensa concentração de forças em torno da candidatura da presidenta Dilma, partindo da compreensão de que sua reeleição é o ponto de partida para continuar fazendo o país avançar pelo caminho da democracia, do progresso social e da defesa da soberania nacional.

O oposto seria dar força à direita, coonestar o retrocesso civilizacional, infligir uma derrota histórica ao povo e à nação.

Os comunistas do PCdoB, com a responsabilidade que têm de um partido que luta por transformações sociais e políticas profundas, estão, desde o primeiro turno, totalmente empenhados pela reeleição da presidenta Dilma. No segundo turno nenhum de seus militantes e quadros faltará ao chamamento. Até o dia 26 de outubro, o PCdoB está em concentração total de forças pela quarta vitória do povo.

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