Cuba
Embaixada cubana comemora o 26 de julho e os 90 anos de Fidel
O dia 26 de julho é uma importante data nacional em Cuba, o “Dia da Rebeldia Nacional”. Foi neste dia, no ano de 1953, que Fidel Castro (então com 27 anos incompletos) liderou outros jovens no ataque aos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, marco inicial da jornada que culminaria com a entrada triunfal dos revolucionários em Havana, em 1º de Janeiro de 1959.
Para comemorar esta data e o aniversário do comandante Fidel Castro, que completará 90 anos no próximo dia 13 de agosto, a embaixada cubana realizou em Brasília um ato comemorativo nesta terça-feira (26).
“O 26 de julho constitui uma das mais significativas datas da grande e heroica luta do povo cubano por sua definitiva independência, cujo reinício foi marcado pela tomada dos quartéis de Moncada e Carlos Manuel de Céspedes, sob a condução do líder histórico da Revolução Cubana”, expressou a embaixadora de Cuba, no Brasil, Marielena Ruiz Capote que evocou também o aniversário de 90 anos de Fidel Castro, “inspirador de muitos outros processos revolucionários”, asseverou.
No evento, estiveram presentes dezenas de partidos e movimentos sociais como PCdoB, PT, PDT, PSOL, PCB, Refundação Comunista, CUT, CTB, UNE, Conselho Mundial da Paz/Cebrapaz, Intersindical, MST, MPA, Unegro, UJS, CMP, CDR, UBES, Levante Popular da Juventude, UJC, Coletivo Nacional da Juventude Estopim, MCP, MMC, MSTST, MAC, MABI, FETRAF, CONTAG, Brigadas Populares e Nescuba.
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), representado pelo Secretário de Política e Relações Internacionais, José Reinaldo, foi chamado – assim como os demais partidos e entidades – para entregar uma mensagem e um presente destinados ao comandante Fidel Castro.
Diz trecho da mensagem do PCdoB a Fidel: “Integrantes da imensa comunidade de povos e nações latino-americanos, concidadãos de Nossa América, irmãos do glorioso povo cubano, expressamos do fundo do coração a alegria de tê-lo entre nós. 90 anos, um tempo bem vivido, dedicado à sua pátria, à Revolução Cubana, à libertação de Nossa América, à emancipação dos trabalhadores de todo o mundo, às grandes causas da humanidade, à paz e cooperação entre os povos. Como todos os militantes revolucionários, lutadores pela causa do progresso social e emancipação da humanidade em todo o mundo, nós, comunistas brasileiros, habituamo-nos à sua presença, ao seu inspirador pensamento, agudo e lúcido, à sua palavra afiada e enérgica, à sua convocação para a luta, ao seu brado de denúncia dos crimes do imperialismo. Você, Fidel, guerrilheiro do tempo, lutador de mais de uma época, orientou gerações de combatentes, pôs-se na vanguarda do seu povo, desafiou poderes que se julgavam imbatíveis, revelando raras qualidades de dirigente partidário, estadista e pensador.”
Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz e do Cebrapaz, também entregou um presente e uma mensagem em homenagem a Fidel. Diz um trecho: “Nestes tempos de nuvens carregadas pela ofensiva conservadora que afeta o mundo e em especial nossa América Latina, contar com vossa atuação e presença é como vislumbrar um raio de sol a iluminar o ‘homem novo’, solidário, ético, audaz, que antecipa o futuro e nos mostra que vale a pena lutar!”.
Afonso Magalhães, do Comitê Brasiliense de Solidariedade a Cuba, destacou a estatura política, moral e revolucionária do líder histórico da Revolução Cubana.
Durante a solenidade, foi inaugurada a mostra fotográfica Fidel é Fidel, realizada por Roberto Chile.
A embaixadora Marielena Ruiz Capote esclareceu que o título da mostra foi inspirado nas palavras do presidente cubano, Raúl Castro, quando, em fevereiro de 2008, disse aos deputados da Assembleia Nacional do Poder Popular (o parlamento cubano) que “Fidel é Fidel, todos sabem bem”; é insubstituível e o povo continuará sua obra, quando Fidel já não estiver entre nós fisicamente.
José Reinaldo, em declaração ao Resistência, afirmou que “Fidel é a personalidade mais lúcida de nossa época, a voz mais enérgica na denúncia dos crimes do imperialismo, o pensamento mais agudo a interpretar os gravíssimos problemas políticos e socioeconômicos atuais e a orientar os povos em luta por liberdade, independência, autodeterminação, progresso social, justiça e pelo socialismo. As homenagens que recebe na passagem do seu 90º aniversário natalício expressam a gratidão do seu povo, dos seus correligionários, dos seus camaradas e seguidores em todo o mundo, que com ele aprenderam valores políticos, ideológicos e éticos na luta por uma vida melhor para todos os seres humanos, em nome dos humildes, que são as vítimas da sociedade capitalista. Fidel seguiu a trilha do apóstolo da independência e da liberdade de Cuba, José Marti: ‘Con los pobres desta tierra quiero jo mi suerte echar’. Por isso, homenagear o líder histórico do Partido Comunista de Cuba é também invocar a figura impoluta, reta e heroica de Martí, é reafirmar as razões da ‘guerra necessária’, que resultou triunfante décadas depois na Sierra Maestra”.