Venezuela
Em homenagem ao seu líder, povo chavista realiza neste domingo a “mãe das batalhas”
Em 28 de julho transcorreu o 63º aniversário natalício de Hugo Chávez Frías, o “líder eterno da Revolução Bolivariana”, como é chamado por seus companheiros de ideais e pelo povo venezuelano. Nesta ocasião, a Embaixada da República Bolivariana da Venezuela em Brasília organizou um ato político, com a participação de embaixadores de países amigos, movimentos sociais, personalidades de destaque da sociedade brasileira e partidos políticos. Na ocasião houve uma rica conversação sobre o processo constituinte, que culmina com a eleição neste domingo (30).
O Partido Comunista do Brasil participou do ato, representado pelo membro de sua direção nacional, o jornalista José Reinaldo Carvalho, que é também editor do sítio Resistência. Leia a íntegra do seu pronunciamento.
Hugo Chávez será sempre lembrado como um dos maiores latino-americanos. Sua vida e obra como líder revolucionário e presidente da República Bolivariana foram dedicadas ao nobre objetivo de resgatar a dignidade da Venezuela e da América Latina. Por isso o seu nome ingressa no panteão latino-americano ao lado de Simon Bolivar, José Martí e Fidel Castro. Sem lugar a dúvidas, Chávez foi, com Fidel Castro, seu amigo e inspirador, o principal líder anti-imperialista das últimas décadas na América Latina. Entre outros méritos que lhe reconheceu, Fidel considerou Chávez o maior amigo de Cuba em todos os tempos.
Hugo Chávez deixou importante legado, que tem sido estudado e apropriado por partidos revolucionários e movimentos políticos e sociais e inspira não só o povo e o governo venezuelanos na nova etapa sob a liderança do presidente Nicolás Maduro, mas também todos os povos da região. No Fórum de São Paulo realizado neste mês d ejulho em Manágua, Nicarágia, foi marcante a influência das suas ideias. A coletividade da esquerda latino-americana e caribenha o homenageou e aprovou resoluções expressando irrestrita solidariedade à Revolução Bolivariana. A defesa do governo venezuelano sob brutal ofensiva da direita mais reaciojária e do imperialismo estadunidense foi considerada como “a mãe das batalhas”.
O pensamento e a obra de Hugo Chávez se consubstanciam no novo anti-imperialismo e na nova luta pelo socialismo nas condições do século 21, com as peculiaridades da época e da região. O anti-imperialismo, que é o próprio espírito da nossa época, a resistência dos povos à ofensiva neocolonialista dos potentados internacionais, tendem a se consolidar e se transformar numa irresistível torrente que criará as condições objetivas e subjetivas para a libertação nacional e social dos povos. O nome e a obra de Hugo Chávez estão indelevelmente ligados a esse fenômeno.
Chávez iniciou a construção de um novo tipo de democracia popular. Tinha presente que as conquistas políticas e sociais da Revolução Bolivariana somente se realizariam com a mobilização permanente do povo, seu protagonismo e unidade, para enfrentar poderosos inimigos internos e externos.
Seu nome também está ligado à unidade dos povos latino-americanos e caribenhos, ao novo tipo de integração regional soberana e solidária, cujas magnas expressões são a Aliança Bolivariana dos Povos de Nossa América (Alba) e a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). Chávez passa à História como um internacionalista, um estrategista que repôs na ordem do dia as tarefas mais importantes da época – a luta pelo socialismo, pela independência nacional e a paz.
Libertador moderno da Venezuela e da América Latina, Hugo Chávez, com seu pensamento e obra, está presente nas profundas transformações políticas e sociais em seu país. A partir da sua primeira eleição como presidente da República, a Venezuela deixou de ser um paraíso das oligarquias reacionárias e do imperialismo norte-americano e um inferno para o seu povo. É um país livre, soberano, que por caminhos tortuosos busca construir uma nova sociedade. Esta é a razão por que intermitentemente as forças reacionárias, com apoio externo, promovem intentonas golpistas, como fizeram em 2002, em 2014 e agora, desde abril último.
A maior homenagem que se pode fazer a esse grande líder é cerrar fileiras em torno da liderança coletiva da Revolução – formada pelo Polo Patriótico, sob a liderança do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) e do presidente Nicolás Maduro. Segue na ordem do dia a defesa da revolução democrática e anti-imperialista, e a realização de esforços para soerguer instituições sólidas e uma potente economia nacional.
O pensamento de Hugo Chávez estará sempre presente no empenho do povo venezuelano e dos povos amigos de todo o mundo, que saberão retribuir a solidariedade internacionalista que lhes foi prestada pelo grande líder.
Eleição da Assembleia Nacional Constituinte
A luta em defesa da Revolução Bolivariana é uma batalha decisiva para todos os povos latino-americanos. Nesta batalha, que neste domingo, 30 de julho, se consubstancia na eleição da Assembleia Nacional Constituinte, se decidirá se não só a Venezuela, mas toda a Nossa América, será livre, soberana e apanágio da justriça e do progresso social, ou será aprisionada pelos tentáculos do imperialismo.
É, assim, de enorme importância o processo constituinte convocado pelo presidente Nicolás Maduro no último Primeiro de Maio.
Confiamos em que o povo venezuelano vencerá esta batalha, optando pela estabilidade política contra a crise, pelo diálogo e a paz, contra o golpe, a intervenção externa e a guerra, a defesa da pátria e da sobrania nacional, em oposição à opressão do imperialismo.
Que a Constituinte abra – como disse o presidente Nicolás Maduro, “uma nova era para a Venezuela e seu povo”.
Redação do Resistência