Colômbia
Em eleições históricas Colômbia decide sobre continuidade do Acordo de Paz
Os colombianos vão às urnas neste domingo (27), em históricas eleições presidenciais, as primeiras depois da assinatura do Acordo de Paz entre o governo e a ex-guerrilha da Farc.
Segundo dados oficiais, foram habilitadas 96 mil mesas eleitorais em 11.233 postos de votação nos 1.102 municípios do país. De uma população de 50 milhões de colombianos, o eleitorado é de cerca de 36 milhões de pessoas.
Concorrem à presidência da República Ivan Duque, do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente direitista Álvaro Uribe (2002 – 2010); Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana; o ex vice-presidente Germán Vargas Lleras; o candidato da Coalizão Colômbia, Sérgio Fajardo, e Humberto de la Calle, pelo Partido Liberal.
Um dos grandes desafios é vencer o usual abstencionismo que caracteriza os processos eleitorais na Colômbia. Nas últimas eleições presidenciais a abstenção chegou a 60 por cento.
Outro importante desafio é garantir a transparência eleitoral, questionada há uma semana pelo candidato da legenda Colômbia Humana, Gustavo Petro, que manifestou dúvidas sobre o software do órgão eleitoral onde são totalizados os votos.
A denúncia de Petro e outras apontadas por Armando Benedetti, do Partido da Unidade Nacional, levaram o presidente Juan Manuel Santos a convocar na última quarta-feira (23) uma reunião urgente da Comissão Nacional de Garantias, depois da qual assegurou que estas serão as eleições mais seguras e transparentes da história da Colômbia.
O maior significado destas eleições será a decisão sobre se o país continuará trabalhando pela paz ou percorrerá os caminhos dos ódios e da intolerância.
Dos candidatos à Casa de Nariño (sede do governo), Petro, Fajardo e De la Calle declararam que respeitarão os acordos firmados entre o governo nacional e a ex-guerrilha, transformada no partido político Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc).
Por outro lado, os direitistas Vargas Lleras e Duque, representantes do Uribismo (em alusão ao ex-presidente Álvaro Uribe), questionaram o Acordo de Paz.
Segundo as pesquisas, nenhum dos candidatos alcançará os votos necessários para ganhar no primeiro turno.
Resistência, com Prensa Latina