Resistência

“A questão palestina não é problema de uma tribo ou uma nação, mas uma mostra da infração do direito internacional e da inutilidade dos organismos internacionais (…), além de é uma vergonha para a comunidade internacional”, sublinhou nesta quarta-feira (22), o presidente iraniano Hasan Rohani.

Falando na 6ª Conferência Internacional em Apoio à Intifada (Rebelião) Palestina, em Teerã, o  mandatário recordou que os líderes ocidentais cometeram um erro estratégico ao fundar há mais de 70 anos “um regime falso” para alcançar seus objetivos de expansão na região.

Cremos que uma paz justa e que se estenda a todo o Oriente Médio não será alcançada até que termine a ocupação do território palestino e sejam respeitados os plenos direitos desse povo, inclusive o da autodeterminação, o retorno de todos os refugiados a seu território  de origem e a criação do Estado palestino, através de um referendo que conte com a participação de todas as etnias e residentes desse território, incluídos muçulmanos, cristãos e judeus”, disse Rohani.

Esses líderes ocidentais tentaram apoderar-se do Oriente Médio, rico em recursos naturais e com sua diversidade cultural e religiosa, mediante a propagação da violência e dos crimes no território palestino, lamentou o presidente iraniano.

Contudo, “as ações provocadoras (de Israel), ocupando as terras da oprimida nação palestina, e seus esforços para modificar a identidade histórica e a civilização desse território, levaram pouco a pouco a resultados devastadores para a paz e a segurança internacionais”, agregou.

Nesta situação trágica, a resistência e a Intifada são a única opção viável para a nação palestina. “A Intifada palestina é resistir para sobreviver”, disse o mandatário.

Rohani advertiu que Israel está aproveitando ao máximo os atuais conflitos armados e as discrepâncias existentes entre alguns Estados do Oriente Médio, e alertou que esse regime recruta  novos aliados contra o Irã entre alguns governos muçulmanos.

Rohani advertiu também sobre os intentos do regime israelense para normalizar laços e reconciliar-se com os Estados árabes. “A reconciliação não tem sentido, a não ser que se deixe no esquecimento todos os crimes que Israel cometeu na Palestina e em outros territórios palestinos”, disse.

Rohani ressaltou que não pode haver uma paz duradoura no Oriente Médio sem o establecimento na Palestina de um governo popular, com Jerusalém como capital.

Fonte: Hispantv