Opinião
Em ação contra o bloqueio, presidente cubano reúne-se em Londres com empresários britânicos
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, manteve nesta terça-feira (13) um encontro com empresários britânicos, como parte de uma escala neste país de regresso à ilha, depois de concluir uma viagem internacional.
Díaz-Canel reuniu-se em Londres com representantes de trinta empresas do Reino Unido integrantes da Iniciativa Cuba, entidade constituída em 1995 para fomentar os negócios entre ambas as nações.
Ao inaugurar o foro, o copresidente britânico desta entidade, Lord David Triesman, deu as boas-vindas ao presidente cubano, ‘o primeiro presidente de Cuba que visita meu país e minha cidade natal’, ressaltou.
Lord Triesman, que foi ministro das Relações Exteriores na década de 1990, expressou o compromisso de relançar as relações econômicas e comerciais com a maior das Antilhas.
Nessa linha, anunciou a celebração em Havana, no final do primeiro semestre de 2019, de um encontro de Iniciativa Cuba, uma das três organizações filiadas ao Conselho do Caribe.
Por sua vez, o presidente cubano agradeceu a gentileza dos membros deste comitê empresarial pela presença na reunião.
Durante sua intervenção, o chefe de Estado da nação caribenha destacou que o nascimento desta instituição marcou o início de uma relação diferente entre Cuba e Reino Unido.
Segundo ele, hoje existem bases que garantem a continuidade e o avanço da cooperação.
Díaz-Canel aproveitou o encontro para reiterar a vontade do governo da ilha de continuar trabalhando pelo desenvolvimento dos vínculos econômicos, comerciais e de cooperação com seu similar do Reino Unido.
Afirmou que Cuba aspira um crescimento que garanta as principais conquistas sociais alcançadas após o triunfo da Revolução de 1959, e denunciou que o prolongado bloqueio imposto pelos Estados Unidos é o maior obstáculo para seu desenvolvimento.
Indicou que com a chegada de Donald Trump à Casa Branca recrudesceu o cerco econômico, financeiro e comercial contra o país antilhano e observou-se uma regressão do processo de normalização das relações iniciadas por seu antecessor, Barack Obama.
A administração Trump voltou à retórica da Guerra Fria, com ações e discursos ameaçadores, criticou.
Nesse contexto, o estadista convidou a incrementar a presença de investidores britânicos em setores como o turismo, a energia e a indústria biotecnológica e farmacêutica, entre outros.
Resistência, com Prensa Latina