Venezuela
“Em 2017 vamos construir novas vitórias”, afirma novo vice-presidente venezuelano
O vice-presidente Executivo da República, Tareck El Aissami, disse nesta quinta-feira (5) que o ano de 2016 foi de resistência e dignidade diante das investidas da direita e o ano de 2017 será para consolidar novas vitórias.
“O ano da dignidade e da consolidação do novo bloco histórico”, expressou o vice-presidente Tareck El Aissami, ao evocar a orientação proposta pelo presidente da República, Nicolás Maduro, durante a apresentação da agenda para o período 2017-2018.
Durante o ato de posse de Caryl Bertho como governadora do estado de Aragua e de Filipe Contreras como novo secretário de Governo, El Aissami lembrou os ataques da direita durante o ano de 2016 incluindo o que foi feito contra a moeda nacional.
Mais de 300 bilhões de bolívares em notas de 100 foram extraídos ilegalmente do país como parte da guerra econômica articulada com máfias da fronteira que acumulavam notas na Colômbia.
Ele destacou os esforços do governo para neutralizar as organizações criminosas que desviaram o papel-moeda, ao suspender a circulação da nota de 100 bolívares e incorporar seis notas novas ao conjunto de moedas da Venezuela.
“Com as ações do presidente Nicolás Maduro, em 72 horas foi possível levantar 500 bilhões de Bolívares, em 72 horas, 5 bilhões de notas de 100”, disse em transmissão da Venezuelana de Televisão.
El Aissami denunciou que, em vista das ações governamentais, esses setores intensificaram seus ataques. Disse que o Departamento de Estado dos EUA sabotou a empresa aérea encarregada de levar ao país as novas notas, ataque que foi combatido, e as notas acabaram chegando.
Apesar das ações desestabilizadoras durante o ano passado, o povo e o governo bolivariano fortaleceram as políticas sociais e o sistema de Missões e Grandes Missões. “Isto não teria sido possível sem a vontade firme de um homem como o companheiro presidente Nicolás Maduro”, disse El Aissami. “Eles apostam na violência e nós apostamos na paz”.
O vice-presidente também repudiou os ataques à democracia que são perpetrados a partir da mesa diretora da Assembleia Nacional (AN), instância que está desacatando o Poder Judiciário. “Uma Assembleia que assumiu o poder para, desde então abertamente, chamar à rejeição de um governo constitucional”.
Luta no Parlamento
Até agora, o Parlamento se mantém em desobediência ao Tribunal Superior de Justiça, ao não destituir, em um ato formal em sessão ordinária, os candidatos a deputados pelo estado de Amazonas Julio Ygraza, Nirma Guarulla e Romel, pois suas candidaturas foram impugnadas pelo Supremo Tribunal do país por apresentar irregularidades.
Os deputados socialistas congregados no Bloco da Pátria solicitaram nesta sexta-feira (6) ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) a nulidade da nova direção da Assembleia Nacional (parlamento da Venezuela).
O líder da bancada do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Héctor Rodríguez, assegurou que entrará com um recurso para anular a sessão do Parlamento realizada na quinta-feira (5).
O deputado exigiu durante uma comunicação com a imprensa que “a Assembleia tem que assumir a sentença do Poder Judiciário, nenhuma decisão que tome terá validade”, afirmou Rodríguez.
Com este recurso, o Bloco da Pátria também solicitou que sejam declarados nulos todos os atos que o Parlamento possa realizar até que se retome a ordem constitucional.
Na véspera, o deputado opositor do partido Primeiro Justiça substituiu Henry Ramos Allup na presidência do Parlamento, enquanto Fred Guevara, do partido Vontade Popular, assumiu a primeira vice-presidência; e Dennis Fernández, da Ação Democrática, assumiu a segunda.
Sobre essa transição, Rodríguez considerou que “é ilegal e inconstitucional e qualquer manejo de recursos que façam implicará responsabilização legal”.
Disse que a direita, por poder nomear a nova direção, deveria acatar a sentença que ordena a destituição dos três deputados do estado de Amazonas, cuja eleição em 16 de Dezembro de 2015 foi impugnada por irregularidades.
Chamamos à reflexão os dirigentes da Mesa da Unidade Democrática, para que não incorram nos mesmos delitos de 2016 porque terão o mesmo caminho, terão pela frente o povo venezuelano e o Estado defendendo a pátria, advertiu o deputado socialista.
Rodríguez também repudiou a tentativa de golpe de Estado contra o presidente constitucional Nicolás Maduro, através da tentativa de impedimento impulsionada pela direita venezuelana.
“Na Venezuela não existe esse procedimento e não há nenhum artigo na Constituição que o apoie”, afirmou Rodríguez.
Resistência, com Agência Venezuelana de Notícias e Prensa Latina