Resistência

A voz de milhões de brasileiros reverberou no dia 18 de março com força, pelo país afora, dizendo: Não vai ter golpe!

Este brado vigoroso ecoou as palavras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no discurso pronunciado na manifestação ocorrida na Avenida Paulista, em São Paulo.

Foi uma resposta firme e clara dos brasileiros ao golpismo da direita, dos conservadores, da mídia hegemônica e dos derrotados na eleição de 2014, os cardeais golpistas do PSDB e aliados.

“O povo não quer que democracia seja apenas uma palavra na Constituição. Ele quer trabalhar de verdade, estudar de verdade, ter direitos”, disse Lula.

Ele reafirmou o valor de uma democracia que vá além do formalismo e seja substantiva e real.

As manifestações da última sexta-feira foram uma resposta digna e altiva aos golpistas. Foram um repúdio veemente ao golpismo da TV Globo, da Fiesp e da alta classe média branca e abastada. Rejeitaram a divisão que opõe brasileiros que pensam de um jeito a brasileiros que pensam de maneira diferente, e apontaram para a construção de um país democrático, soberano e igual para todos.

As ruas demostraram que a imensa maioria dos brasileiros quer manter a democracia e consolidar as conquistas alcançadas.

E enfrentam qualquer desafio nessa luta. Defendem a integridade do mandato da presidenta Dilma Rousseff e reagem vigorosamente contra a ameaça de impeachment. Este desafio à ordem democrática e legal que, ao abastardar a eleição e rejeitar seu resultado, atinge a cada um dos brasileiros e macula o voto de todos, dos que escolheram em Dilma e também dos demais.

O brado de “não haverá golpe” tem o significado inequívoco da luta contra o impeachment sonhado pela direita, pela mídia conservadora e pelos perdedores de 2014 que, em sua sanha ilegal, conflagram e dividem o país. Lula pregou um Brasil democrático e sem ódio. Sem o ódio da direita que tenta criminalizar os adversários políticos que a venceram nas urnas.

A unidade dos brasileiros se impõe, mais do que nunca, para derrotar a direita, o impeachment, o golpismo, e consolidar a democracia. A esperança e o orgulho de ser brasileiro estão de volta.

Neste momento a situação do país é de gravidade extrema. Os milhões que saíram às ruas em todos os estados e no Distrito Federal deixaram clara, mais uma vez, sua disposição de luta, renovada e fortalecida no histórico 18 de março. Que ecoou, alto e bom som: não vai ter golpe!

Fonte: Vermelho