Resistência

Com 97 por cento dos votos apurados, num segundo turno do pleito presidencial em que 47% do eleitorado não compareceu às urnas, o candidato do partido denominado Centro Democrático, de extrema-direita, ganha as eleições presidenciais na Colômbia, com 54,1% dos votos. Gustavo Petro, de centro-esquerda, obteve 41,7%. Os votos nulos e brancos totalizaram 4,2%

Duque foi apoiado pelo criador e líder do seu partido, o ex-presidente Álvaro Uribe. Sua eleição desperta a preocupação dos setores democráticos e progressistas do país e de toda a América Latina. A Colômbia será mais uma vez governada por uma força política oligárquica e pró-imperialista, adversária dos acordos de paz celebrados entre o governo nacional e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Duque contou com o apoio de toda a máquina dos partidos tradicionais, todas as forças do establishment conservador a seu favor.

As forças democráticas temem que o governo de Duque signifique o controle de todos os ramos do poder público (o Executivo, o Legislativo e o Judiciário) por um grupo político reacionário, o Uribismo.

O programa de Petro defende a paz e a reconciliação nacional, o respeito pelos direitos humanos, a luta contra a corrupção, o cuidado com o meio ambiente, a saúde e a educação como direitos universais e sobretudo o combate à desigualdade

O país necessita da paz democrática e justa para sanar as feridas abertas por uma guerra que durou mais de 50 anos, provocou a morte de mais de 200 mil pessoas e o deslocamento das suas casas e regiões de origem de mais de sete milhões de colombianos.

Resistência, com agências