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Deputado do PCP no Parlamento Europeu: “Metam uma coisa na cabeça, o povo português é senhor do seu destino e não vive de mão estendida perante vós”
Nesta terça-feira (5) a Comissão da União Europeia encarregada de deliberar sobre a possível aplicação de sanções econômicas contra Portugal e Espanha, adiou pela segunda vez a decisão.
A não-decisão confirma uma estratégia de chantagem visando constranger os dois países a seguir em toda linha as ordens da Troika (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) na aplicação draconiana de políticas de “austeridade”, que atingem cruelmente os trabalhadores em favor dos rentistas e ameaça o desenvolvimento e a soberania dessas nações.
O Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) defende que as sanções, qualquer que seja a forma que assumam, são ilegítimas e inaceitáveis. A posição divulgada foi promovida pelo Partido Comunista Português (PCP), partido que integra o grupo no Parlamento Europeu.
João Ferreira, membro do Comitê Central do PCP e um dos representantes da sigla no Parlamento Europeu, ao se dirigir à Comissão da União Europeia, tendo apenas o tempo de um minuto, disse, entre outras coisas: “(Portugal foi) um país que durante anos andou a financiar a ciência dos ricos, entre eles alguns que vem a clamar por sanções, metam uma coisa na cabeça de uma vez por todas, o povo português é senhor do seu destino e não vive de mão estendida perante vós, o que Portugal recebe em fundos estruturais é largamente superado pela saída de capitais de Portugal para a União Europeia sob a forma de juros, lucros e dividendos (…) é tempo de dizer basta, basta de submissão” (assista ao final do texto a íntegra da fala de João Ferreira).
Numa breve declaração “sobre Portugal e Espanha”, o comissário europeu Pierre Moscovici revelou que a decisão sobre a aplicação de sanções aos países ibéricos será tomada “em breve”. O Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro) e o Ecofin (ministros das finanças dos países-membro da União Europeia) vão reunir no início da próxima semana, e desta reunião podem sair desdobramentos da questão.
Da Redação do Resistência com informações do Portal AbrilAbril