Cuba

Cuba rechaça em Genebra manipulação do tema de direitos humanos

16/05/2018

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, rechaçou nesta quarta-feira (16) a manipulação do tema dos direitos humanos com fins políticos, ao terminar a apresentação da Ilha durante o Exame Periódico Universal (EPU).

Mais de 140 países intervieram durante a exposição do informe nacional de Cuba perante esse mecanismo do Conselho de Direitos Humanos, depois do qual agradeceu ao titular “as recomendações feitas sobre a base do respeito aos princípios de soberania e não ingerência nos assuntos internos”, e rechaçou os intentos de manipulação.

O chanceler considerou “lamentável que alguns países continuem manipulando a questão dos  direitos humanos com fins políticos, para continuar justificando o bloqueio”, numa referência implícita aos Estados Unidos.

De acordo com sua declaração, “não têm nenhuma autoridade moral e, pelo contrário, são autores de amplas, bem documentadas e impunes violações dos direitos humanos”.

Rodríguez deplorou os que “atentam contra os objetivos do EPU e insistem na seletividade, nos duplos critérios e na politização dos direitos humanos”.

Essas práticas, que nestes anos começaram a ser reproduzidas “fizeram cair no descrédito a extinta Comissão de Direitos Humanos e impuseram sua substituição por este Conselho. Transitaremos por um mau caminho se permitirmos que esses desvios se consolidem em seus trabalhos”, afirmou.

O ministro defendeu que “o diálogo respeitoso, com apego a princípios de objetividade, imparcialidade e não seletividade, e o respeito à livre determinação de cada povo para decidir seu próprio sistema político, econômico, social e cultural, assim como seu próprio modelo de desenvolvimento, é o sustento imprescindível da cooperação internacional na matéria”.

Rodríguez assinalou que serão examinadas em  profundidade as recomendações e se dará resposta em  setembro  de 2018.

O chanceler reiterou o compromisso de Cuba de cooperar com o sistema de direitos humanos da ONU, e em particular com o Conselho e seus mecanismos de aplicação universal e não discriminatória.

“Persistiremos em nossa Revolução socialista e democrática dos humildes, com os humildes e para os humildes, proclamada pelo comandante em chefe Fidel Castro Ruz, e inspirados na fraterna fórmula de José Martí: Com todos e para o bem de todos”, expressou Rodríguez.

Resistência, com Prensa Latina

Compartilhe: