América Latina

Cuba promove evento para ratificar decisão de tornar a América Latina uma zona de paz

19/09/2018

Quadros políticos, ativistas e especialistas se reúnem a partir desta quarta-feira (19) em Havana para debater sobre as realidades e os desafios da proclamação da América Latina e Caribe como zona de paz.

O Instituto de Relações Internacionais de Cuba acolhe o seminário de três dias, que permitirá abordar como está sendo cumprida a proclamação aprovada em janeiro de 2014 pelos 33 países membros da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), durante a 2ª Cúpula do bloco, realizada em Havana em 2014.

Em declarações à Prensa Latina, o presidente do Movimento Cubano pela Paz e a Soberania dos Povos, Sílvio Platero, manifestou expectativas pelo encontro, que em sua opinião será um espaço para defender a unidade diante do desafio de garantir a paz regional.

De acordo com Platero, participam do seminário internacional movimentos sociais, organizações chamadas a assumir um protagonismo nos esforços para afastar as guerras e os conflitos da América Latina e Caribe.

Platero afirmou que o foro promoverá a educação em uma cultura de paz, num contexto regional complexo, a partir da chegada ao poder de governos de direita e da presença de dezenas de bases militares, entre elas a que os Estados Unidos mantêm em Guantánamo, território do oriente cubano ocupado de manera ilegal por essa base.

A brasileira Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, encontra-se em Havana e é uma das conferencistas do seminário. “Este seminário realiza-se numa conjuntura de encruzilhadas e graves ameaças, mas também de muita resistência e luta pela democracia, a justiça social, a soberania e o progresso compartilhado”, afirma.

A presidenta do CMP destaca que “a Humanidade atravessa um período difícil, em que a conjuntura política, econômica e social é marcada por graves instabilidades, insegurança generalizada, seríssimas ameaças à paz e profundas crises econômicas e sociais”. Neste contexto, Socorro Gomes considera necessário “intensificar os esforços pela paz na região latino-americana e caribenha, o que está associado às lutas dos trabalhadores e dos povos em defesa de seus direitos, da justiça, do progresso social e da soberania nacional”. Particular importância – opina – “deve ser atribuída à luta contra o intervencionismo dos Estados Unidos na região e pela abolição das suas bases militares”.

Resistência, com Prensa Latina

Compartilhe: