Luta pela paz
Cuba defende na ONU o direito dos povos à paz
Cuba defendeu nesta terça-feira (1º), em Genebra, durante a Conferência sobre o Desarmamento da ONU, o legítimo direito dos seres humanos e dos povos a viverem em paz, em um mundo sem armas nucleares.
Não será possível avançar, como se requer no âmbito do desarmamento, no controle dos armamentos e na proliferação das armas, mediante a aplicação de medidas unilaterais ou acordos bilaterais ou regionais, expressou Pedro Núñez, diretor geral de Assuntos Multilaterais e Direito Internacional do Ministério de Relaciones Exteriores, de Cuba.
Ao fazer sua intervenção, no segmento de alto nível da Conferência sobre o Desarmamento, Núñez observou que o multilateralismo e as soluções políticas negociadas nos organismos são imprescindíveis, em conformidade com a Carta das Nações Unidas.
Apoiamos o início urgente das negociações multilaterais para a rápida conclusão de uma Convenção que prevê a proibição e a eliminação de todas as armas nucleares, dentro de um período de tempo pré-estabelecido, Núñez ressaltou.
Sublinhou também que o uso de armas nucleares ou sua ameaça, em quaisquer circunstâncias, é uma violação da lei internacional e um crime de lesa humanidade.
Os programas de modernização dos arsenais nucleares devem ser interrompidos e o papel de tais armas em doutrinas militares e políticas de segurança, eliminado. A única garantia absoluta contra o uso de armas ou a ameaça de uso é a sua eliminação total, afirmou ele.
O dirigente salientou que para a manutenção da paz e para o bem da sobrevivência da humanidade, “é nosso dever garantir que as armas nucleares não sejam utilizadas novamente, sob quaisquer circunstâncias”.
A Conferência sobre o Desarmamento tem um importante mandato a cumprir. Os desafios a serem alcançados, não são insuperáveis. Urge que a Conferência adote um programa abrangente e equilibrado de trabalho, tendo em conta as prioridades reais do desarmamento, acrescentou.
Os países membros da Comunidade da América Latina e Caribe, fortalecidos pela declaração formal da região como uma Zona de Paz – em 2014, estamos firmemente comprometidos com o desarmamento nuclear como uma prioridade, asseverou Núñez.
Fonte: Prensa Latina
Tradução: Maria Helena D’Eugênio