Opinião
Cuba condena qualificação do país pelos EUA como Estado patrocinador do terrorismo
O governo de Cuba condena nos termos mais veementes e absolutos a “fraudulenta” qualificação do país como Estado patrocinador do terrorismo, anunciada pelo governo dos Estados Unidos em “ato cínico e hipócrita”, conforme assinala nota do Ministério das Relações exteriores, publicada nesta segunda-feira (11) no jornal Granma, órgão do Partido Comunista de Cuba.
“O Ministério das Relações Exteriores condena nos termos mais veementes e absolutos a fraudulenta qualificação de Cuba como Estado patrocinador do terrorismo, anunciada pelo Governo dos Estados Unidos em ato cínico e hipócrita.
Durante meses se especulou sobre a possibilidade de incluir Cuba na lista unilateral do Departamento de Estado que qualifica países, sem mandato ou legitimidade, sem motivação genuína, referindo-se ao terrorismo e suas consequências, e como instrumento de difamação. aplicar medidas econômicas coercitivas contra as nações que resistem a ceder aos caprichos do imperialismo norte-americano.
O anúncio feito pelo secretário de Estado Michael Pompeo é um ato soberbo de um governo desacreditado, desonesto e moralmente falido. É sabido, sem dúvida, que a verdadeira motivação para esta ação é impor obstáculos adicionais a qualquer perspectiva de recuperação nas relações bilaterais entre Cuba e os Estados Unidos.
Cuba não é um Estado patrocinador do terrorismo, verdade reconhecida por todos. A política oficial e conhecida, e a conduta impecável de nosso país, é a rejeição do terrorismo em todas as suas formas e manifestações, em particular o terrorismo de Estado, por quem quiser, contra quem quiser e onde estiver cometido.
Cuba é um Estado vítima do terrorismo e nossa população o sofreu em primeira mão, ao preço de 3.478 mortos e 2.099 pessoas com deficiência, por atos cometidos pelo governo dos Estados Unidos ou perpetrados e patrocinados a partir do território daquele país. com a tolerância das autoridades oficiais. Nós, cubanos, repudiamos com desprezo qualquer manobra destinada a manipular uma questão tão delicada, para fins grosseiros de oportunismo político”.