América Latina
Conselho Político da Alba: Defender a Venezuela é defender toda a América Latina
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) reunidos em Havana, por ocasião do seu 15º Conselho Político, divulgaram, nesta segunda-feira (10), uma declaração onde rejeitam as agressões e manipulações contra a irmã República Bolivariana da Venezuela. Leia a íntegra.
Declaração do 15º Conselho Político da ALBA-TCP
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos, reunidos em Havana, por ocasião do seu 15º Conselho Político:
Rejeitamos as agressões e manipulações concertadas contra a irmã República Bolivariana da Venezuela, bem como os enganos e mentiras que ameaçam tanto sua soberania, independência e estabilidade, como as da região toda.
Condenamos a conduta intrometida, ilegal e pró-imperialista do secretário-geral da OEA, bem como suas tentativas de impedir o exercício do direito soberano da irmã Venezuela à democracia participativa, validado em sua Constituição Bolivariana totalmente coerente com a Carta das Nações Unidas e a Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz.
Exigimos da OEA, que se gaba de ser garante da democracia no hemisfério, explicar sua seletividade política, para encobrir golpes de Estado e a subversão contra governos progressistas e revolucionários eleitos por voto popular, bem como seu silêncio quanto aos desaparecimentos forçados e o assassinato de jornalistas e líderes políticos e sociais.
Exigimos o fim do silêncio cúmplice da OEA diante da construção do muro na fronteira com o México, que vai contra esse país e a Nossa América e as deportações em massa de migrantes latino-americanos e caribenhos que fogem da pobreza e da insegurança em seus países, especialmente as deportações que causam ruptura familiar e deixam menores sem proteção.
Rejeitamos as tentativas da OEA para reviver contra a Venezuela, sob falsas acusações de “ameaças à paz e estabilidade coletiva” e mediante critérios politizados e tortos, aqueles discursos e práticas intervencionistas que no passado levaram a agressões, invasões e ocupações militares de países e ditaduras cruéis no hemisfério.
Apoiamos a Revolução Bolivariana, que reivindicou os direitos e a dignidade de milhões de seres humanos dentro e fora de suas fronteiras, nós apreciamos sua solidariedade generosa e os esforços para a unidade e integração de nossa região, enquanto a partilhar as suas ideais de democracia, justiça social e apoio para os oprimidos em qualquer lugar do mundo.
Apoiamos os esforços do governo venezuelano para o desenvolvimento e a prosperidade de sua nação, com a participação de todos os setores da sociedade, bem como a sua vontade de estabelecer um diálogo abrangente, inclusive, construtivo e respeitoso, sem interferência externas ou condições para procurar soluções para os principais problemas que afetam a vida de seus cidadãos.
Reconhecemos os esforços incansáveis do Presidente Nicolás Maduro e seus esforços pessoais para promover o diálogo nacional e superar as diferenças.
Agradecemos a resiliência do bravo povo venezuelano e os bastiões civis e militares para a emancipação ideológica e a união Bolivariana.
Reafirmamos que a unidade e esforços conjuntos nos permitirão enfrentar em melhores condições, os desafios de todos os tipos que ameaçam a região. É urgente lutar e defender os Estados da América Latina e Caribe na sua diversidade, infundindo respeito, as relações de amizade e cooperação, conforme estabelecido pela Proclamação da América Latina e do Caribe como Zona de Paz.
Reafirmamos a nossa profunda convicção de que preservar a independência da Venezuela é preservar a independência, unidade, estabilidade e desenvolvimento na região.
É o tempo de unidade, paz e esperança!
Havana, 10 abril de 2017
Fonte: Granma