Otan

Conselho Mundial da Paz realiza conferência e mobiliza contra a Otan na Polônia e outros países

09/07/2016

O Conselho Mundial da Paz realizou uma conferência internacional nesta sexta-feira (8) em Varsóvia, capital polonesa, sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), com representantes de diversas organizações de paz e outras entidades de mais de 20 países.

Para o sábado (9) está prevista uma marcha, da qual o CMP participa, em protesto contra a Otan. A conferência e a marcha foram organizadas para rechaçar a cúpula de chefes de Estado e Governo dos 28 países membros da aliança, que acontece nos mesmos dias, em Varsóvia.

O CMP tem promovido uma campanha global pelo desmantelamento desta que classifica de “máquina de guerra do imperialismo”, denunciando suas ameaças agravadas, sobretudo no Leste europeu, e sua expansão desenfreada, levando à militarização da região e ao aumento do risco de guerra generalizada.

Na conferência participam também, além dos movimentos de paz, representantes de organizações amigas do CMP, como a Federação Democrática Internacional de Mulheres, a Federação Sindical Mundial, a Federação Mundial da Juventude Democrática, a Associação Internacional de Advogados Democráticos, entre outras. Além dos eventos na capital polonesa, entidades membros do CMP também organizam ações em seus países.

Na República Tcheca, uma conferência já foi realizada pelo Movimento Tcheco da Paz e pela Associação de Soldados contra a Guerra na Prefeitura da capital, Praga, assim como um protesto, para chamar a atenção da população para a atuação da aliança da qual o país é membro desde 1999.

Em Portugal, a distribuição de panfletos seguida de um ato público em Lisboa e marchas tanto na capital quanto na cidade do Porto, organizadas pelo Centro Português para a Paz e Cooperação (CPPC), também denunciam o papel da Otan na militarização das relações internacionais e, em especial, da Europa. Os portugueses difundiram uma petição pública ao Governo para denunciar a aliança. O país é membro fundador da Otan, juntando-se à sua criação em 1949.

Na Grécia, mais de 60 sindicatos, organizações de mulheres, estudantis, veteranos e outras entidades sociais organizaram um evento na quinta-feira (7) em Atenas e também uma marcha na ilha de Creta, onde a Otan tem uma base militar. A Grécia tornou-se membro da Otan em 1952, mesmo ano em que a Turquia aderia à aliança.

As mobilizações do CMP contra a Otan são contundentes e contínuas. Em 2010, quando a aliança realizou sua cúpula em Lisboa, os protestos também foram massivos. Uma marcha organizada pelo CPPC, o CMP e diversas entidades atraiu dezenas de milhares de pessoas e enxeu as ruas em protesto.

No primeiro dia da cúpula, o presidente estadunidense Barack Obama já buscou aplacar as tensões pela saída do Reino Unido da União Europeia e os britânicos anunciaram que enviarão um batalhão de 500 soldados para a Estônia, além do posicionamento de 150 soldados na Polônia. Os EUA também já enviaram caças de combate (de tecnologia tão avançada que sequer estão à venda) para a Romênia e instalam na região, no âmbito da Otan, sistemas anti-mísseis considerados ofensivos.

O embaixador russo Alexander Grushko alertou, em declaração à emissora BBC, para o perigo de uma “espiral de confrontação”, enquanto a Otan constrói “uma nova Cortina de Ferro”, decisão que ele considera levar a “consequências militares”. Os movimentos anti-imperialistas têm denunciado as jogadas provocadoras da aliança e o avanço em direção à fronteira russa.

Fonte: Cebrapaz

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