Militarismo
Congresso dos EUA debate sobre aumento das despesas militares para ‘conter a Rússia’
Para garantir a “segurança europeia” e conter a chamada “agressão russa”, os legisladores americanos estão prontos a quadruplicar o orçamento militar para o ano 2017, informa o jornal estadunidense The Hill.
O artigo diz que “a agressão russa” será um dos principais temas da agenda do Comitê de Serviços Armados da Câmara dos Representantes dos EUA, que se reunirá no dia 27 de abril para discutir o orçamento de defesa para o ano que vem.
“Como principal medida para deter a ‘agressão russa’, os legisladores norte-americanos consideram o reforço da segurança europeia, o que implica a assistência militar aos aliados europeus que receiam as ações de Moscou”, escreve o The Hill.
Para isso, os legisladores estadunidenses planejam gastar US$ 3,4 bilhões, aumentando o orçamento militar dos EUA quatro vezes em comparação com o de 2016. Além disso, o projeto prevê o desembolso de US$ 150 milhões para a ajuda a Kiev, no quadro do programa de promoção da segurança na Ucrânia.
“Nós temos o dinheiro para deslocar tropas a várias partes da Europa Oriental e, o que é mais importante, para estabelecer a nossa presença nesta região para mostrar o apoio para nossos aliados”, disse Adam Smith, membro do Comitê de Serviços Armados.
Entre outras medidas de “contenção da Rússia”, previstas pelo novo orçamento, estão a compra de aeronaves militares, navios e outros equipamentos militares.
Por outro lado, realizou-se na última quarta-feira (20) a reunião do Conselho Rússia-Otan, onde Aleksandr Grushko, o representante da Rússia na Otan, disse: “estamos falando sobre uma tentativa de pressão militar sobre a Federação da Rússia e vamos tomar todas as medidas necessárias para compensar a tentativa de uso da força militar”.
A Otan tem afirmado várias vezes sobre a intenção de deslocar suas tropas para a Europa Oriental. Por sua vez, Moscou expressou o descontentamento com as iniciativas da Aliança Atlântica, destinadas ao aumento da presença militar na fronteira com a Rússia, e afirmou que tais ações são uma ameaça aos seus interesses e segurança nacionais.
Agência Sputnik