Solidariedade

Comitês de Defesa da Revolução Cubana garantem à Venezuela: “Vocês não estão sozinhos”

06/04/2017

Os Comitês de Defesa da Revolução, organização cubana que reúne milhões de membros, emitiu nesta quarta-feira (5), um comunicado em solidariedade à República Bolivariana da Venezuela. Segundo o texto: “Os mais de oito milhões e meio de membros os acompanhamos. Vocês não estão sozinhos. A Revolução bolivariana é herdeira dos mais dignos patriotas latino-americanos e em seu sedimento estão presentes os valores mais nobres de um povo”. Leia abaixo o texto na íntegra.

Declaração dos Comitês de Defesa da Revolução de apoio à Venezuela

A voz de Chávez ainda abala o povo venezuelano. Hoje vibra com maior força; seus brados se escutam na América toda. “Glória ao bravo povo que o jugo lançou, a Lei respeitando, a virtude e a honra (…) Gritemos com força: Morra a opressão!, Compatriotas fiéis, a força é a união”.

Frente à Organização dos Estados Americanos (OEA) e ao seu secretário-geral, o tristemente célebre “para os Estados Unidos”, Luis Almagro, o eco da voz de Chávez, encarnada em seus filhos, foi espada, som dilacerante, flecha ao coração de uns quantos, empenhados em sequestrar a verdadeira democracia venezuelana, seus recursos e riquezas.

Esta nova OEA, que tenta hoje derrubar a Venezuela, é a mesma que pretendeu tolher o exemplo da Revolução Cubana pela América Latina e o Caribe. Enquanto em uma pequena Ilha eram aprovadas medidas de benefício popular como a Lei da Reforma Agrária ou acontecia a campanha de alfabetização, o “ministério de colônias”, guardou absoluto silêncio perante a invasão mercenária de Playa Girón.

Não é por acaso que somente poucos dias depois que os Estados Unidos rompessem relações com Cuba, a OEA excluísse a Ilha maior das Antilhas do sistema interamericano. A história do seu papel nefasto inscreve uma nova agressão contra o povo bolivariano e seu governo democrático, um dos que com maior ímpeto tem impulsionado o bem-estar da região.

Tampouco é o mutismo guardado por Almagro e seu séquito diante das impunes violações democráticas em países como o Brasil e a Argentina, nações nas quais milhares de cidadãos têm sido despojados de seus postos de trabalho, ou dos constantes casos de corrupção política, desaparecimentos, assassinatos de líderes sociais e estudantis, migração irregular e agressões de todo o tipo, contra as classes mais despossuídas do hemisfério.

Em abril de 2009, o Comandante-em-chefe da Revolução Cubana, Fidel Castro, publicava em uma de suas reflexões que “a OEA tem uma história que recolhe todo o lixo de 60 anos de traição aos povos da América Latina”.

Os cubanos e venezuelanos têm demonstrado, mais uma vez, com Martí, que “As árvores se têm que enfileirar, para que não passe o gigante das sete léguas”. No dia 28 de março nem as pressões estadunidenses, nem dos países que têm tentado utilizar a OEA contra a Venezuela conseguiram vencer seu povo. “Triunfo popular, vitória popular para a Venezuela. Temos derrotado o Departamento de Estado, temos derrotado a chancelaria mexicana e a direita venezuelana” foram as declarações do presidente Nicolás Maduro.

Os mais de oito milhões e meio de membros os acompanhamos. Não estão sozinhos. A Revolução bolivariana é herdeira dos mais dignos patriotas latino-americanos e em seu sedimento estão presentes os valores mais nobres de um povo.

Tal como somos capazes de doar nosso próprio sangue para qualquer ser humano cubano ou de qualquer recanto do mundo sem diferença de raça, sexo, pensamento, o povo venezuelano tem se despojado em muitas ocasiões de seus recursos para ajudar a nossa gente. O mais recente exemplo está na ajuda oferecida a Cuba após a devastadora passagem do furacão Mathew pelo oriente do país.

A Revolução chavista continuará. Cuba e seu povo estão ao seu lado. Tal foi o compromisso do general-de-exército Raúl Castro durante a 16ª Cúpula da Alba, em março. “Ratifico o compromisso assumido em nossa Declaração, de acompanhar a defesa da Venezuela e a posição digna, valente e construtiva do presidente Nicolás Maduro”.

Passados 55 anos da saída de Cuba da Organização dos Estados Americanos, Venezuela convoca a um debate “com o povo, com as pessoas honestas, patriotas que queiram paz”. O presidente venezuelano tem aberto “o debate nacional e internacional sobre a violação da carta de fundação da OEA e a agressão de um grupo concertado de governos de direita contra a Venezuela e a pertinência da Organização dos Estados Americanos, sua vigência e utilidade”.

O povo de Cuba tem demonstrado a incompetência e o espírito intervencionista deste organismo. Estamos certos que agora o fará o venezuelano.

Ressoa em nossos corações a voz inconfundível do comandante eterno Hugo Chávez. “Unida com laços, que o céu formou, a América toda, existe em nação; e se o despotismo levanta a voz, sigam o exemplo que Caracas deu”.

É espada, é escudo, é a força com que vibra a América.

Secretariado Nacional dos Comitês de Defesa da Revolução

Fonte: Granma

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