Resistência e Solidariedade

Começa o Fórum Social Mundial 2018 em Salvador

13/03/2018

“Resistir é criar. Resistir é transformar”. Este é o lema que a partir desta terça-feira (13) até o próximo sábado (17) dará o tom na capital baiana, com o intenso programa de atividades do 13º Fórum Social Mundial (FSM-2018). O Fórum se inicia com um sarau poético, a marcha das juventudes, a marcha de abertura e um show artístico no Campo Grande.

Espera-se a presença de mais de 20 mil representantes de movimentos sociais, sindicais, partidos políticos de esquerda e personalidades democráticas. Entre estas últimas figuram os ex- presidentes do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff; da Argentina, Cristina Fernández; do Uruguai, José Mujica; e do Paraguai, Fernando Lugo, que na quinta-feira (15) participarão em um grande ato em defesa da democracia, no estádio de Pituaçu. Nesse mesmo dia, será lançado oficialmente o Comitê de Solidariedade Internacional em Defesa de Lula e da Democracia no Brasil, liderado pelo ex-chanceler Celso Amorim.

A sexta-feira (16) será dedicada à realização de uma Assembleia Mundial de Mulheres, um encontro voltado para a luta pelo urgente reconhecimento e respeito a seus direitos e ao debate de temas como a criminalização do aborto, o feminicídio e o combate à violência.

Concebido como um espaço de articulação, em sua edição de 2018 o FSM buscará definir estratégias de resistência às políticas neoliberales de desmantelamento dos direitos sociais e de enfrentamento aos golpes antidemocráticos ocorridos em diversos países latino-americanos nos últimos anos.

Para isso, mais de 1.500 coletivos, organizações e entidades inscritas desenvolverão mais de 1.300 atividades autogestionadas.

O Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) realiza de quarta-feira (14) a sábado (17), na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal da Bahia, em São Lázaro, um amplo e variado programa de debates e atos de solidariedade a Cuba, Venezuela, Palestina, Saara Ocidental, Irã e outros povos em luta. Estarão presentes, entre outros, Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz; Antonio Barreto, presidente do Cebrapaz; Sylvio Platero, presidente do Movpaz cubano; o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben; a consul de Cuba no Nordeste do Brasil, Laura Pujol, o representante da Frente Polisário (Saara) no Brasil, Emborik Ahamed; Pasqualina Curcio, da Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade (Capítulo Venezuela); o presidente do Centro de Cultura Waritheen do Irã, Kamran Mostafavi, o representante do Movimento pela Paz da França, Gérard Halie; a presidenta da Associação Cultural José Marti da Bahia, Ivone Souza; a vice-prsidenta do Cebrapaz, Jussara Cony, e o secretário de Política e Relações Internacionais do PCdoB, José Reinaldo Carvalho.

Desde seu surgimento no año de 2001, esta é a sétima ocasião em que o Brasil sedia o Fórum Social Mundial.

O nascimento desses multitudinários encontros foi em 2001, na cidade de Porto Alegre, onde se reeditou nos anos de 2002, 2003, 2005 e 2012. Em 2009, outra cidade brasileira, Belém do Pará, foi encarregada de dar continuidade ao encontro.

Além do Brasil, outros cinco países foram sede de tais eventos: a Índia, em 2004; o Quênia, em 2007; o Senegal, em 2011; a Tunísia, em 2013, e o Canadá, em 2016.

Redação do Resistência

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