Colômbia

Colombianos vão às ruas para fiscalizar implantação dos acordos de paz

27/12/2016
Milhares de colombianos têm realizado manifestações pela paz

As entidades que impulsonaram na Colômbia as marchas do silêncio e das flores depois do plebiscito de outubro último, lideram a partir desta terça-feira (27) um processo de verificação para acompanhar a tramitação das leis sobre a paz no Congresso colombiano.

O encontro terá lugar na Praça Bolívar, situada em frente ao Parlamento, para supervisionar a implementação dos acordos entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo (Farc-EP), que começa pela discussão e tomada de decisões sobre normas e reformas no máximo órgão legislativo.

Entre elas destaca-se o projeto de lei de anistia, que a partir desta terça-feira será submetido à apreciação nas plenárias do Senado e da Câmara dos Deputados.

O maior risco da atual etapa é que alguns parlamentares se ausentem dos debates ou que durante os mesmos os acordos assinados sofram modificações contrárias ao seu espírito, afirmam os organizadores do processo de verificação em nota divulgada aos meios de comunicação.

Outro objetivo da iniciativa é criar um tipo de ponte entre os cidadãos e os congressistas.

Durante as marchas do silêncio e das flores, milhares de estudantes, trabalhadores, representantes de grupos indígenas, de vítimas e afrodescendentes defenderam o fim da guerra depois dos inesperados resultados do plebiscito de outubro, quando a maioria dos que votaram rechaçou o consenso inicial entre o governo e as Farc-EP.

Posteriormente, e com as propostas surgidas de um grande diálogo nacional, os porta-vozes do governo e da organização guerrilheira conseguiram reajustar o texto até conseguir chegar ao último acordo, já validado pelo Congresso.

A partir de então, começou oficialmente a fase de implementação do acordo que requer leis como a de anistia, aprovada no primeiro debate no Senado e na Câmara dos Deputados.

O Congresso não deve fazer modificações nos acordos, alertou em sua conta no Twitter o líder das Farc-EP, Timoleón Jiménez.

Prensa Latina

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