Relações China-EUA

China nega interesse em eleições dos Estados Unidos e em guerra comercial

09/10/2018

A China negou nesta terça-feira (9) ter interesse nas eleições intermediárias dos Estados Unidos, os assuntos internos desse país e menos ainda em manter uma guerra comercial, porque não beneficiará nenhuma das partes.

Lu Kang, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, reafirmou perante jornalistas que o governo baseia sua política no princípio de não interferência em questões internas e portanto as recentes acusações de Washington não têm sentido.

Também negou as acusações contra Pequim de pretender se vingar dos EUA pelo constante aumento de impostos sobre suas importações.

‘Os fatos falam, os Estados Unidos começaram um conflito comercial e a China foi obrigada a tomar contramedidas. Repetimos em múltiplas ocasiões que nesta guerra não haverá vencedores’, enfatizou.

Nesse ponto, Lu rebateu e qualificou como irresponsáveis as declarações do Departamento estadunidense do Tesouro com respeito à depreciação do yuan – a moeda nacional – como ferramenta de ataque na disputa.

A cotação do renmimbi,yuan caiu nesta terça-feira a seu nível mais baixo do ano frente ao dólar estadunidense, sendo a taxa de paridade de 6,9019 por cada dólar.

No entanto, o Banco Central afirmou há vários meses que a China não recorrerá à desvalorização competitiva do yuan como resposta alternativa à guerra comercial entre a primeira e segunda potências do planeta.

Segundo indicou, o país tem a capacidade, experiência e ferramentas necessárias para manter a cotação em um nível razoável.

Além dos danos no âmbito bilateral, a disputa comercial Washington-Pequim prejudica a economia global com uma queda na previsão de crescimento.

Resistência, com Prensa Latina

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