Internacionalismo

Chanceleres preparam documento final da Cúpula dos Não Alinhados

16/09/2016

As deliberações entre chanceleres na 17ª Cúpula do Movimento de Países Não Alinhados continuam nesta sexta-feira (16) e devem concluir com a adoção do documento final que será transmitido aos chefes de Estado, que se reúnem neste final de semana.

Segundo fontes oficiais, o documento consta de 907 parágrafos e tem como temas principais a paz, a soberania e a segurança para o desenvolvimento.

O chanceler da República Popular Democrática da Coreia, Ri Yong-ho, indicou que a Declaração de Margarita (a reunião se realiza na Ilha Margarita, Venezuela) deve refletir que o desenvolvimento militar e a ameaça do uso da força contra a soberania dos integrantes do movimento, constituem uma violação direta dos princípios contidos na Carta das Nações Unidas (ONU).

O diplomata propôs criar um bloco entre os países membros para enfrentar a guerra e a interferência na soberania dos Estados, para enaltecer o princípio do foro próprio.

Para o ministro das Relações Exteriores equatoriano, Guillaume Long, o objetivo principal do Movimento dos Países Não Alinhados é lutar por um mundo mais democrático, não alinhado com o neoliberalismo, o imperialismo e as injustiças.

O diplomata equatoriano manifestou que os países do movimento devem assumir a responsabilidade para estender a democracia pelo mundo.

Por sua parte, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez, sublinhou que o Movimento dos Países Não Alinhados é uma grande força que pode trazer equilíbrio ao mundo e isso ficou demonstrado com as extraordinárias e históricas lutas travadas contra o colonialismo e o imperialismo.

Segundo Delcy Rodríguez, a humanidade enfrenta hoje grandes desafios em um mundo cada vez mais violento, onde a paz é vulnerada por potências sem recato e sem respeito pelas normas da ONU.

No encerramento da Cúpula, a Venezuela assumirá oficialmente a presidência do Movimento de Países Não Alinhados, o segundo maior organismo internacional depois da ONU.

Até este ano o mandato é exercido pela República Islâmica do Irã, cuja gestão muitos dos chanceleres que tomaram a palavra nas reuniões elogiaram, destacando todas as suas conquistas em um contexto de violência, guerras e extremismo.

Prensa Latina

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