América Latina
Celac apoia a Venezuela contra ingerência estadunidense e homenageia Fidel
Na terça-feira (24), teve início a 5ª Cúpula da Celac, em Punta Cana, República Dominicana. Os presidentes e representantes presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem ao falecido líder da Revolução Cubana, Fidel Castro.
“Fidel Castro foi um dos principais propulsores da Celac, e um firme crente no sonho de uma América Latina Unida no caminho do progresso, durante sua vida”, afirmou o presidente da República Dominicana, Danilo Medina.
Medina pediu um minuto de silêncio nesta localidade do leste da República Dominicana durante o discurso de abertura da 5ª Cúpula do bloco criado no México em 2010, mas construído definitivamente em Caracas, Venezuela, no ano seguinte.
Em contato com a agência de notícias Prensa Latina, na República Dominicana, onde está sendo realizado o evento desse bloco regional, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez assegurou que a Venezuela tem apoio da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) contra o decreto de Barack Obama que qualifica o país bolivariano como uma “ameaça” ao estadunidense.
A ministra de Relações Exteriores destacou que a Venezuela saiu desse fórum vitoriosa. “Os membros desse grupo rechaçam a ordem do presidente estadunidense e pedem sua imediata revogação”, afirmou.
“Sobre a reunião do bloco regional, afirmou que o primeiro dia foi muito construtivo, foi concluída a declaração de Punta Cana, documento que passará a ser discutido e aprovado pelos dirigentes máximos dos países membros”, afirmou.
Delcy Rodríguez ressaltou que brilharam as conquistas da diplomacia bolivariana e foi demonstrado o que significa a Venezuela na região.
“Apesar da guerra não convencional da direita, temos os melhores indicadores da região, o que se vê no investimento social de 73% do orçamento e no alcance das Missões nos últimos 17 anos”, disse a chanceler.
Também, foi reconhecido o trabalho do secretário geral da União das Nações Sul-americanas (Unasul), Ernesto Samper, e do Vaticano em diálogo político entre o governo e a direita venezuelana.
Sobre esse processo, informou que os colegas de outros países apresentaram uma proposta ao Executivo que vai à Mesa da Unidade Democrática (MUD), que está sendo avaliada por ambas as partes para continuar a negociação.
“O governo da Venezuela está aberto a continuar o diálogo e evitar uma solução violenta para o conflito”, disse.
Sobre o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que quando houver uma posição oficial sobre a Venezuela, o governo Venezuelano irá responder com o incentivo do diálogo.
Reiterou o chamado a Washington para normalizar as relações com a Venezuela sobre a base do respeito à soberania e ao direito internacional, em benefício de ambos os povos.
Resistência, com Prensa Latina, tradução e edição de Luci Nascimento