Peru
Candidata da Frente Ampla peruana não mudará programa por motivos eleitoreiros
A candidata progressista peruana Veronika Mendoza não modificará seu programa de reformas econômicas de caráter antineoliberal como manobra para ganhar eleitores, reiterou um alto dirigente da sua coligação.
“Desde o começo, temos dito que não vamos mudar em função de uma acomodação política conjuntura”, disse Pedro Francke, coordenador do plano de governo da Frente Ampla e colaborador próximo de Veronika Mendoza, Pedro Francke
Veronica tem dito desde o início da campanha que não muda seu discurso conforme o auditório, nem modificará nenhum ponto de seu programa para ganhar votos, pois se propõe fazer exatamente o que apresentou, ou seja, mudanças em matéria de política econômica em função de uma mudança do modelo e da Constituição neoliberal vigente.
Francke acrescentou que a Frente Ampla não repetirá o que fez em 2011 o atual presidente, Ollanta Humala, que “traiu suas propostas”, com a finalidade de ganhar a presidência no segundo turno, modificando o programa com o qual alcançou o primeiro lugar no primeiro turno.
Ele recordou que Veronika Mendoza e muitos daqueles que integram a Frente Ampla ou a apoiam, apoiavam Humala e o abandonaram devido à traição que ele cometeu. A candidata foi eleita parlamentar nas fileiras do partido de Humala, o Partido Nacionalista, ao qual renunciou em 2012 por fortes divergências políticas.
O dirigente e congressista nacionalista Daniel Abugattás disse que, embora divergindo das posições de Veronika Mendoza, considera coerente sua decisão de não mudar seu programa para ganhar aliados no segundo turno, caso chegue lá, pois está disputando o segundo lugar, de acordo com as pesquisas.
“Mudar os princípios para conseguir o poder pelo poder nem sempre é o melhor”, acrescentou Abugattás. Em sua opinião, foi isso que destruiu o Partido Nacionalista.
Prensa Latina