Cuba
Bloqueio dos EUA afeta a cultura cubana
O bloqueio econômico, financeiro e comercial imposto pelos Estados Unidos a Cuba provoca enormes limitações financeiras à cultura, assinala o informe anual elaborado pelo Ministerio das Relações Exteriores da Ilha.
O documento cobre o período de abril de 2017 a março de 2018 e apoia um projeto de resolução proposto por Cuba à Assembleia Geral das Nações Unidas sobre a necessidade de pôr fim ao cerco estadunidense.
De acordo com o texto, os danos no sistema da cultura por causa do bloqueio econômico são visíveis em todas as suas manifestações, enquanto diminuem os encontros entre artistas cubanos e seus homólogos dos Estados Unidos.
Um dos exemplos foi o cancelamento em 2017 das apresentações previstas em Cuba por mais de 400 músicos estadunidenses e de 15 grupos com cerca de 300 pessoas, entre artistas e acompanhantes.
Por outro lado, isto obstaculiza a comercialização e a promoção da música, das artes plásticas, cênicas e da literatura, ao impossibilitar que os criadores recebam recursos por suas apresentações.
O informe acrescenta que se o bloqueio não existisse, as exportações da agência de representações artísticas da empresa cubana Artex S.A. Musicalia popderiam ter sido 20 vezes superiores ao que foi obtido.
Igualmente, o bloqueio afeta as instituições de ensino artístico que não obtêm os materiais necessários para seu trabalho e as obriga a adquiri-los a altos preços no mercado internacional.
A indústria cinematográfica também é alvo do sistema de sanções unilaterais, considerado por milhões de vozes no mundo como o mais injusto, severo e prolongado que já se aplicou contra um país.
Devido a isso, os Estúdios de Animação do Instituto Cubano de Arte e Indústria Cinematográficos se veem limitados a aceder às licenças de software imprescindíveis para os processos de produção; assim como participar diretamente no evento mais importante para o mercado internacional do filme (American Film Market).
Contudo, o desenvolvimento da cultura é prioridade para o Estado cubano como ficou demonstrado nos eventos culturais realizados no Centro Kennedy de Washington, em maio de 2018.
Ali, os artistas cubanos mostraram que seu talento está acima destas limitações econômicas de quase seis décadas de existência.
Em 31 de outubro Cuba porá em votação na Assembleia Geral da ONU pelo vigésimo sétimo ano consecutivo o projeto de resolução que exige que cesse o bloqueio estadunidense.
Resistência, com Prensa Latina