Síria

Assad: “Libertação de Palmira demonstra eficácia do exército nacional e dos aliados”

27/03/2016

“A libertação de Palmira é uma importante conquista; demonstra a eficácia da estratégia do Exército sírio e seus aliados na luta contra o terrorismo e a pouca seriedade da coalizão estadunidense”, afirmou Bashar Al Assad, citado pela Presidência da Síria.

Na opinião de Assad, a “coalizão antiterrorista liderada pelos Estados Unidos é pouco séria, dada a escassez dos avanços que conseguiu desde o momento de sua formação há um ano e meio”.

Igualmente, o mandatário sírio assinalou que a visita à Síria por delegações ocidentais ajuda-as a saber a verdade sobre a situação no país e compreender o erro da política do Ocidente com relação a Damasco.

O Exército sírio recuperou o controle de Palmira quase um ano depois que os terroristas do chamado Estado Islâmico se apoderaram da cidade. “Depois de intensos combates durante a noite, o Exército está em pleno controle de Palmira, tanto na parte antiga como nos bairros residenciais”, disse uma fonte militar.


Autonomia regional

O presidente Bashar Al Assad sublinhou que “a Síria é um país demasiado pequeno para implementar a ideia da federalização, o que também se deve ao fato de que todas as comunidades estão muito estreitamente entrelaçadas umas com as outras”, informaram à agência russa Sputnik os parlamentares franceses que estiveram com ele durante visita a Damasco.

De acordo com a delegação francesa, o presidente sírio mencionou os curdos e o fato de que falam sobre a federalização. Em sua opinião, não é uma boa ideia, sobretudo com respeito à população árabe na zona, pois nas regiões sírias com população curda, na prática os curdos representam apenas 30 por cento da população, de modo que serão uma minoria em seu próprio território, explicou o presidente.

Igualmente, Assad insistiu em que o governo central deve jogar um papel permanente em algumas regiões da Síria, enquanto que outras zonas poderiam obter mais autonomia.

Assad disse aos parlamentares franceses que está pensando em uma nova organização ou estrutura do Estado e mencionou ideias de descentralização. Ao mesmo tempo, o presidente sírio manifestou que não está de acordo com as propostas de introduzir na nova Constituição uma norma que só permita aos muçulmanos converter-se em presidente do país. “É inaceitável”, afirmou Assad, argumentando que todos os cidadãos sírios devem ter os mesmos direitos.

Correo del Orinoco

 

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