Argentina

Argentinos fazem grande manifestação de protesto contra políticas do governo

21/02/2018

Uma multidão se manifestou nesta quarta-feira (21) na emblemática avenida 9 de Julho na capital, Buenos Aires. Durante o ato, líderes sindicais pronunciaram fortes discursos contra as políticas governamentais e pediram para que parem as demissões e o ajuste. A manifestação congregou as centrais sindicais e movimentos sociais.

Durante a marcha, os manifestantes gritaram palavras de ordem em repúdio às políticas do governo que levaram à pobreza mais de 1,5 milhão de pessoas.

Ao intervir no ato, o secretário geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), Juan Carlos Schmid, apontou que o objetivo da manifestação é ‘repudiar energicamente o corte das aposentadorias e exigir a revogação da lei de previdência’.

O sindicalista também anunciou que o movimento vai condenar a reforma trabalhista.

“Pedimos aos legisladores que não aprovem leis que debilitam os direitos dos trabalhadores e dos setores desprotegidos do país”, afirmou.

Por outro lado, a Associação Bancária, que na segunda-feira (19) encabeçou uma greve nacional para rechaçar a proposta salarial de nove por cento, ressaltou o alto respaldo a esta mobilização.

Por seu turno, Pablo Michelli, da CTA Autônoma, destacou que a marcha desta quarta-feira é uma expressão de esperança dos trabalhadores.

“Mostremos que na unidade seremos capazes de construir uma grande greve nacional. Sem unidade não temos futuro”, acentuou.

No palanque também esteve presente Hugo Yasky, líder da CTA, destacando que todos querem “trabalho e dignidade”.

“É preciso voltar a ter uma Argentina onde o orgulho do operário seja pôr um prato de comida em casa, que seus filhos vão à escola para estudar e não para comer e isto só se constrói com luta”, afirmou.

Mais de 400 mil trabalhadores, segundo cálculos dos organizadores, lotaram a avenida 9 de julho com bandeiras, canções e frases que fizeram deste dia mais uma jornada de luta.

Resistência, com Prensa Latina

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