Argentina

Argentinos comemoram Dia dos Caídos nas Malvinas

03/04/2016
Monumento das Malvinas

Os argentinos comemoraram neste sábado (2) o Dia dos Caídos nas Malvinas, recordando o 34º aniversário do início do conflito bélico contra o Reino Unido, em 2 de abril de 1982, pela recuperação desse território insular.

O conflito durou 74 dias, até 14 de junho do mesmo ano. Nele, morreram 649 argentinos, 255 britânicos e três civis moradores da ilha.

Em meio a uma crise política, econômica e social, a ditadura militar que naquele momento era dirigida pelo general Leopoldo Galtieri, como uma tábua de salvação, invadiu de surpresa as Ilhas Malvinas na fria madrugada de 2 de abril de 1982.

A então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, enviou uma poderosa frota, com equipamento bélico muito superior ao argentino, ignorou o chamado da ONU por negociações, enquanto os Estados Unidos se negaram a aplicar o  Tratado Interamericano de Assistência Recíproca, que os obrigava a apoiar a Argentina.

As forças britânicas voltaram a ocupar as Malvinas e o restante do território insular a seu redor.

A derrota das Malvinas e o conhecimento da morte de centenas de jovens argentinos que foram à frente de batalha mal equipados e sem nenhum tipo de experiência, e que além disso foram torturados, marcaram a derrubada da ditadura.

A cúpula do regime militar já estava golpeada pelos crescentes protestos sociais e a pressão internacional pelas violações aos direitos humanos.

O ato central da jornada comemorativa teve lugar na cidade de Ushuaia, província da Terra do Fogo. Desde a meia-noite, como é habitual, veteranos de guerra realizaram a “Vigília pelas Malvinas”.

Há poucos dias, a chancelaria argentina anunciou em Buenos Aires o reconhecimento pela ONU de que todo o território das Malvinas e o restante das  ilhas estão dentro dos limites da plataforma continental que pertence à Argentina.

Contudo, depois da notícia, o governo de David Cameron considerou que a resolução “não é vinculante”, com relação à soberania das Ilhas Malvinas.

Prensa Latina

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