Solidariedade
Acompanhantes internacionais: “A paz da Venezuela é a paz de toda a América Latina”
Durante a segunda-feira (21) o chanceler venezuelano Jorge Arreaza, reuniu-se com grupos por continente das delegações de acompanhantes internacionais do processo eleitoral venezuelano. No encontro com os representantes da América Latina, ressaltou-se a importância de resistir e preservar a paz na Venezuela e na região
O ministro venezuelano do Poder Popular para Relações Exteriores, Jorge Arreaza, manteve nesta segunda-feira (21), na sede da Chancelaria, um encontro com a delegação de acompanhantes eleitorais da América Latina, presentes no país durante o processo eleitoral do último domingo. Na reunião abordaram a situação do continente.
Participaram do encontro com o chanceler a presidenta do Conselho Mundial da Paz, Socorro Gomes, a ex-embaixadora da Argentina na Venezuela, Alícia Castro; a ex-senadora colombiana Piedad Córdoba, o senador chileno Alejandro Navarro; o presidente da Comissão Permanente de Partidos Políticos da América Latina (Coppal), Manuel Pichardo, e Esteban Silva, ativista de movimentos de solidariedade no Chile.
“Falamos sobre Nossa América, o momento histórico, as conjunturas, os desafios, nossos órgãos de integração, nossos partidos políticos, as redes necessárias entre os movimentos populares progressistas”, disse o chanceler.
O ministro indicou que falaram também sobre ações estratégicas nos embates com o imperialismo na região, “para que possamos avançar e poder não só resistir ao imperialismo neste momento histórico, mas também avançar”, disse.
Nas intervenções dos acompanhantes internacionais evidenciou-se que o processo eleitoral venezuelano do último domingo contou com todas as garantias e desenvolveu-se em clima de tranquilidade.
A ex-senadora colombiana Piedad Córdoba disse que a delegação teve a oportunidade de percorrer vários lugares de Caracas e de todo o território nacional. “Ratificamos nosso compromisso de apoio a uma democracia que está em construção, na busca de um processo humanitário, um processo que garanta que a justiça social seja fundamentalmente o eixo do desenvolvimento não somente da Venezuela mas de toda a América”, afirmou Piedade Córdoba.
Os delegados internacionais criticaram fortemente que alguns governos que se consideram com maior poder no mundo pretendam interferir nos processos democráticos e autônomos de uma região e de um país como a Venezuela. O consenso entre todos é que a paz da Venezuela é a paz da região.
O ex-presidente de Honduras, Manuel Zelaya, reiterou aquilo que foi dito pelo ex-presidente estadunidense Jimmy Carter, de que existe na Venezuela o melhor e mais transparente sistema eleitoral do mundo.
Zelaya qualificou de “servis” os presidentes dos países membros do denominado Grupo de Lima, que “estão a serviço dos desígnios do presidente estadunidense, Donald Trump.
A presidenta do Conselho Mundial da Paz, a brasileira Socorro Gomes, que se encontra em Caracas desde a última sexta-feira, afirmou em entrevista ao Resistência que “o sistema eleitoral venezuelano é democrático, transparente e inviolável”. Sobre o resultado eleitoral destacou que foi uma “vitória do povo venezuelano, em busca da paz, da afirmação das conquistas revolucionárias e da garantia da sua soberania e autodeterminação”. Socorro considerou que as notas do governo brasileiro e do Grupo de Lima, que afirmam desconhecer os resultados da eleição presidencial venezuelana, expressam posições de governos “golpistas e lacaios do imperialismo estadunidense”.
Resistência, com Correo del Orinoco