Opinião
A Venezuela e a luta antifascista no mundo
Parecer à direção nacional do PCdoB
Durante o mês de novembro, a Venezuela realizou dois relevantes eventos políticos com alcance global
No dia 5 de novembro, a República Bolivariana da Venezuela sediou o Fórum Parlamentar Antifascista Mundial, com a participação de mais de 300 legisladores de 70 países. O evento abordou questões cruciais como as novas formas de agressão manifestadas através do colonialismo, do neocolonialismo, do fascismo e do genocídio. O Fórum Parlamentar Mundial Antifascista reuniu em Caracas congressistas de 53 países do mundo para iniciar uma articulação de legisladores de esquerda. O objetivo é iniciar uma agenda internacional de esquerda para enfrentar a extrema direita e organizar as pautas progressistas.
No dia 22 de novembro, realizou-se também na capital venezuelana, o Congresso Internacional da Juventude Antifascista, com mais de 500 delegados de pelo menos 70 países. Diosdado Cabello, vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), denunciou que por trás do fascismo há sempre o imperialismo e fez um veemente chamado à juventude: “Está nas mãos de vocês, jovens de todo o mundo, salvar o mundo do fascismo”. “Os jovens desempenham um papel fundamental na criação de uma frente antifascista global”, enfatizou.
Anteriormente, em setembro teve lugar em Caracas o Congresso Internacional Antifascista, que se transformará em uma organização com caráter internacional, reunindo movimentos, lideranças e intelectuais para combater o avanço do fascismo e da extrema direita no mundo.
A Venezuela bolivariana é um exemplo emblemático na construção da resistência antifascista e anti-imperialista.
Diante desses fatos, apresento parecer à direção nacional do PCdoB para que saúde o governo venezuelano pela realização desses eventos e ressalte a importância da unidade de amplas forças democráticas para derrotar a extrema direita.
São Paulo, 30 de novembro de 2024
Maria do Socorro Gomes Coelho