União Europeia
União Europeia: A nova troika dá indicações sobre o que vem por aí
Os líderes de Itália, Alemanha e França reuniram-se a sós e já traçaram as linhas para a discussão sobre a saída do Reino Unido e o futuro da UE: aprofundamento e continuidade das medidas de integração.
É a segunda vez que os representantes das três maiores economias da União Europeia (UE) se reúnem após o Brexit. Ontem, a chanceler alemã, Angela Merkel, o presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, encontraram-se na ilha de Ventotene. Esta reunião procurou centrar a discussão naquilo que os três líderes consideram ser importante, antes da cimeira de 16 de Setembro em Bratislava (Eslováquia), que terá em cima da mesa a negociação para a saída do Reino Unido da UE.
Embora com algumas divergências, a mensagem foi clara: o processo de integração da UE e o rumo de aprofundamento dos mecanismos existentes irão continuar, não obstante a crise vivida no seio da UE e o próprio resultado do referendo britânico, que colocou em causa alguns desses elementos, como a perda de soberania e as políticas de austeridade.
Depois de, no mês de Junho, os mesmos protagonistas terem considerado o resultado do referendo uma derrota, a tônica para a discussão futura está dada, nomeadamente para quando na cimeira de Bratislava estiverem presentes os outros chefes de Estado da UE27.
Outro aspecto desta “mini-cimeira” que não deixa de ser relevante foi o jantar servido a bordo do porta-aviões Giuseppe Garibaldi, navio italiano que pertence à operação naval no Mar Mediterrâneo. Tal acontece numa altura em que as questões militares estão em cima da mesa, com a implementação de várias medidas securitárias e de contenção dos refugiados a nível europeu, e depois de no domingo Jean-Claude Juncker ter afirmado a necessidade de políticas de segurança e de defesa comuns que permitissem a criação de um “exército comum europeu para que a União Europeia (UE) possa cumprir o seu papel no mundo”.
Fonte: AbrilAbril