Resistência

O presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe, renunciou nesta terça-feira (21) ao seu cargo, depois de 37 anos no poder.

O fato resulta de uma crise política desencadeada desde a semana passada e contou com a intervenção dos militares.

O titular do Parlamento, Jacob Mudenda, interrompeu uma sessão que analisava uma moção de impeachment contra o mandatário para dar a conhecer a demissão de Mugabe, por meio de uma carta enviada ao órgão legislativo.

Desde a terça-feira da semana passada, forças militares ocuparam o país para preservar a revolução dessa nação da África Austral e acabar com o que denominaram forças criminosas que rodeavam o chefe de Estado.

A intervenção pacífica dos militares foi bem recebida tanto pelo partido no poder, a União Nacional Africana do Zimbabwe – Frente Patriótica (Zanu-PF) como pela Associação de Veteranos de Guerra.

A Zanu-PF destituiu no domingo o mandatário de seu cargo de primeiro secretário da organização e nomeou para o posto o antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwana, que tinha sido expulso em 6 de novembro por Mugabe

O partido do governo pediu a Mugabe que apresentasse sua renúncia e lhe deu um prazo até o meio-dia da segunda-feira, antes de iniciar a análise de uma moção de desconfiança contra ele.

A Associação de Veteranos, que convocou uma manifestação de massas no sábado para solidarizar-se com os militares, pronunciou-se no mesmo sentido.

Resistência, com Granma