Venezuela continua apostando nas alianças regionais progressistas
“Apesar do avanço que tiveram algumas figuras direitistas nos Poderes Públicos de algumas nações da América Latina, o panorama continua favorável para a correlação de forças dos setores progressistas na região”, destacou a ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez.
“Há um intento de restauração conservadora na região e, embora este tenha obtido avanços em alguns países, nós sabemos que a correlação de forças ainda continua favorável para as forças progressistas, as forças que buscam a unidade política de nossos países baseadas em identidades próprias”, disse em entrevista concedida ao Centro Estratégico Latino-americano de Geopolítica (Celag), referindo-se à advertência feita pelo presidente do Equador, Rafael Correa, sobre a pretensão dos grupos de extrema direita de voltar a um modelo neoliberal, que não priorize os interesses do povo.
A ministra destacou que o papel que jogam as alianças nascidas no seio dos governos revolucionários é fundamental na construção da Pátria Grande, da América Grande, como a Petrocaribe, a Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América -Tratado de Comércio dos Povos (Alba), a Comunidade de Estados Latino-americanos e do Caribe (Celac), o Mercado Comum do Sul (Mercosul), entre outros convênios regionais de cooperação, que permitiram fortalecer os laços bilaterais e de solidariedade, além de uma melhor flutuação da economia dos países membros.
Por isso, Delcy Rodríguez sublinhou a importância de fortalecer os acordos alcançados na região, e integrar mais países da América Latina e do Caribe. “Cremos profundamente que primeiro devemos consolidar a união de nossas plataformas produtivas na região e logo ver talvez outros caminhos. Cremos profundamente neste tipo de unidade em que se busque preservar as plataformas produtivas de nossas nações sul-americanas”, afirmou.
Para a chanceler, a Alba serviu como um mecanismo de integração que trouxe progresso à região.
“A Alba -TCP significa a unidade latino-americana e caribenha com uma mensagem baseada no projeto histórico de unidade entre nossos países. Significa, para a região, uma aliança consolidada no político, no ideológico”, enquanto que o modelo conservador que a direita busca restaurar na região pretende acabar com a unidade política, impedir os avanços sociais e atacar a soberania, para servir a interesses imperiais e abrir caminho à ingerência.
Sobre o Mercosul, afirmou que o bloco econômico tem o novo desafio de “preservar a unidade política para que não sejam destruídas as tentativas de unir nossas matrizes produtivas nacionais”, aludindo à situação que atravessa a Argentina, nação governada pelo direitista Maurício Macri, que pretende um pacto com a União Europeia para retomar “um modelo a serviço dos grandes capitais, a serviço das transnacionais da comunicação, do capital financeiro, a serviço de interesses e centros políticos imperiais em detrimento de nossa soberania”.
Igualmente, a chanceler indicou que a Venezuela, em meio a esta etapa conjuntural, apontará para a defesa das conquistas e da reivindicação social alcançada nos povos da América, diante do assédio imperial que se mantém especificamente desde a nação norte-americana. É o que a Venezuela reiterará no dia 27 de janeiro, quando se realizará a cúpula da Celac na República Dominicana.
Fonte: Agência Venezuelana de Notícias; tradução do Blog da Resistência