Farc e governo colombiano anunciam acordo histórico
O chefe da equipe governamental nos diálogos colombianos, Humberto de la Calle, e o chefe da delegação guerrilheira, Iván Márquez, selaram nesta quarta-feira (23) um acordo sobre Jurisdição Especial para a Paz, com o que dão um passo importante neste processo iniciado em 2012. O acordo, assinado na presença do presidente da República, Juan Manuel Santos, e o máximo líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia -Exército do Povo (Farc-EP), Timoleon Jimenez, inclui a criação de um tribunal especial para a paz e a outorga por parte do Estado “da anistia mais ampla possível por delitos políticos e conexos”.
O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou que estamos agora mais próximos de alcançar a paz que tanto anseia e merece o povo irmão colombiano.
Ao intervir na cerimônia da Mesa de Conversações realizada em Havana, o mandatário cubano disse que os acordos sobre justiça alcançados pelas delegações do governo e as Farc-EP nas conversações de paz representam um significativo passo adiante.
Raúl Castro felicitou o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o chefe do Estado Mayor Central das Farc-EP, Timoleon Jimenez, – presentes no ato- e suas respectivas delegações por esses importantes acordos. Destacou que a paz na Colômbia não só é possível, é indispensável, mas – acrescentou – requer grande esforço e vontade como o que estão demonstrando as duas partes.
Muito se avançou, muito mais longe que nunca antes, mas permanecem enormes dificuldades a superar, assinalou, expressando também que tem “a certeza de que serão vencidas”.
Raúl Castro apontou que o profundo respeito às posições das duas partes, a absoluta imparcialidade, a discrição e o apoio firme, consistente e solidário continuarão caracterizando a modesta contribuição de Cuba ao processo de paz. É nosso dever, disse.
“Não descansaremos em nossos esforços até que se alcance o ansiado objetivo da paz estável e duradoura para a querida Colômbia”, afirmou.
Para Raúl Castro, tornar-se-á realidade o compromisso que os chefes de Estado e de governo assumiram na segunda Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) quando foi assinada a Proclamação da América Latina e do Caribe como zona de paz.
Prensa Latina