Alterar correlação de forças é desafio para a América Latina
A mudança na correlação de forças é um desafio para os governos progressistas e de esquerda na América Latina e Caribe, que estão agora sob cerco, garantiram os delegados no Fórum de São Paulo.
A 21ª reunião do grupo ocorre na Cidade do México e conta com a participação de uma centena de partidos e movimentos políticos do continente.
José Roa, membro da Comissão Política do Partido dos Trabalhadores do México, disse que, embora muitos países da região tenham conseguido elevar o padrão de vida da população e reduzir o fosso social ainda se encontra pendente a construção de um poder popular.
“Portanto, é importante a experiência de Cuba, que provou que você pode construir o socialismo a 90 milhas da maior potência imperial do mundo, com o apoio de um povo organizado”, disse ele.
Manuel Alberto Enríquez, representante do governo salvadorenho liderado pelo presidente Salvador Sanchez Ceren, disse que a mudança na correlação de forças é um dos principais desafios enfrentados pela Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN).
“Estamos procurando reconstruir o Estado e a administração pública que estava ao serviço do grande capital”, disse Enriquez.
Tanto o delegado de El Salvador como o deputado venezuelano, Julio Chávez, informaram que o ataque contra os governos progressistas e de esquerda têm como grande instrumento a mídia privada que busca gerar desespero, confusão e desestabilização em seus países.
“O confronto com a guerra da mídia é uma das frentes de batalha destes processos de mudança no continente”, concordam.
Monica Valente, representante do Partido dos Trabalhadores do Brasil, disse que no meio destas batalhas o Fórum de São Paulo comemora 25 anos com sucessos. “Não podemos deixar de considerar como realizações destes anos, a libertação dos cinco cubanos que estavam presos nos Estados Unidos e a participação de Cuba na Cúpula das Américas no Panamá, em maio passado”.
Fonte: Prensa Latina