A Venezuela anti-imperialista recebe a solidariedade de países amigos

27/06/2015

As comemorações da vitória na Batalha de Carabobo (1821) e do Dia do Exército na Venezuela sublinharam durante a última semana o compromisso dos venezuelanos com a defesa de sua soberania nacional. Em 24 de junho último, também evocado em Caracas com o solene ingresso ao Panteão Nacional dos restos simbólicos do prócer da independência Pedro Camejo (Negro Primero), o povo foi convocado a consolidar a união cívico-militar. 

Nos atos patrióticos comemorativos, o presidente da República, Nicolás Maduro, exaltou a necessidade de que a Europa indenize os povos africanos, latino-americanos e caribenhos pelos danos causados durante séculos de colonialismo.

O líder denunciou os novos planos desestabilizadores da direita que quer apropriar-se dos recursos do povo e para isso idealizaram campanhas voltadas para a finalidade de confundi-lo e desanimá-lo.

Agora querem tomar o controle da Assembleia Nacional (parlamento) nas eleições legislativas de 6 de dezembro vindouro e a partir disso frear o avanço dos programas sociais revolucionários, alertou.

Para essa consulta, também anunciada de maneira oficial na última semana pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), os integrantes do partido do governo, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) encerraram uma intensa campanha de eleições primárias internas para a escolha dos seus candidatos.

No encerramento da campanha, Nicolás Maduro, que também é o líder máximo do PSUV, afirmou uma norma que garante a equidade de gênero nas candidaturas ao legislativo.

O dirigente afirmou que as eleições internas de 28 de junho, que de maneira inédita serão abertas a todos os venezuelanos, constituem o primeiro passo para alcançar a vitória nas eleições parlamentares de dezembro.

Durante a semana, a Venezuela recebeu delegações do Irã, Guiné Bissau, Argentina e Cuba, que assinaram diversos acordos de cooperação.

Entre esses acordos sobressaem os firmados com o ministro de Indústrias, Minas e Comércio do Irã, Mohammad Reza Nematzadeh, sobre saúde, nanociência, linhas de crédito e para enfrentar a guerra econômica, entre outros.

Com o chanceler da Guiné Bissau, Mário Lopes da Rosa, o governo acordou a supressão de vistos para passaportes diplomáticos e de serviço, a certificação de títulos e diplomas acadêmicos e a capacitação do pessoal de suas embaixadas.

Com o ministro da Planificação da Argentina, conveniou-se o abastecimento pleno à Venezuela de gêneros alimentícios e de medicamentos.

Por outra parte, o ministro venezuelano para a Defesa, Vladimir Padrino, e o titular das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, Leopoldo Cintra, firmaram a renovação do acordo técnico-militar iniciado entre as duas nações em 2008. 

Durante a semana, uma delegação de senadores brasileiros, na qual participaram Vanessa Grazziotin (PCdoB), Roberto Requião (PMDB), Telmário Mota (PDT) e Lindbergh Farias (PT) visitou o país. Os parlamentares foram recebidos pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. Foi um contraponto à delegação de senadores direitistas liderados por Aécio Neves, que na semana anterior viajou à Venezuela para produzir factoides, difundir mentiras e fazer provocações. 

Com agências

Compartilhe:

Leia também