Solidariedade

Movimentos e entidades manifestam-se no Dia Internacional de Solidariedade ao Povo da Venezuela

21/04/2016

Aderindo à convocatória de diversos movimentos sociais por um Dia Internacional de Solidariedade ao Povo da Venezuela, o Cebrapaz e a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) manifestaram seu respaldo à luta dos venezuelanos pela democracia, na resistência determinada contra a intentona golpista sustentada ao longo do tempo pela oligarquia e a extrema-direita, respaldada pelo imperialismo estadunidense.

Na última terça-feira (19), representantes de ambas e outras entidades encontraram-se com o vice-cônsul da Venezuela em São Paulo, Robert Torrealba, quando entregaram seus manifestos e reafirmaram sua solidariedade ao povo venezuelano.

Na visita ao Consulado da Venezuela em São Paulo, a presidenta do Cebrapaz, Socorro Gomes, destacou a importância da unidade dos povos em defesa dos direitos alcançados durante o ciclo de governos progressistas na América Latina. “A solidariedade é o cimento da nossa força. Vamos impedir novas agressões contra a vitória do povo”, afirmou.

Torrealba agradeceu a manifestação dos brasileiros e lembrou que 19 de abril foi o dia em que o presidente Nicolás Maduro assumiu o cargo, há três anos. Ele também aproveitou a ocasião para prestar solidariedade ao Brasil neste momento em que a região como um todo sofre sérios desafios: “Somente a unidade dos povos vai sobrepor esta conjuntura difícil”.

O Conselho Mundial da Paz, do qual o Cebrapaz é membro, também convocou mobilizações neste Dia Internacional de Solidariedade ao Povo da Venezuela, como fez também em 2015, desde que a intentona golpista se intensificou no país. Os membros do CMP em diversos países realizaram atividades e se manifestaram, dirigindo-se ao povo, às diversas entidades venezuelanas com quem mantêm laços de amizade e ao movimento venezuelano membro do CMP, o Comitê pela Solidariedade Internacional (Cosi).

Na convocatória, o CMP denunciou o papel do imperialismo estadunidense na desestabilização da Venezuela, no âmbito do seu avanço sobre a América Latina e Caribe, onde mantém mais de 70 bases militares e onde relançou, em 2009, a sua Quarta Frota da Marinha, com navios de guerra, porta-aviões e outros meios de ameaça belicosa. O CMP também denunciou a ordem executiva emitida pelo presidente Barack Obama contra a Venezuela, declarando o país como uma ameaça para justificar as ações agressivas dos EUA, no âmbito político e militar.

O documento também recordou a avaliação certeira do libertador latino-americano e caribenho, Simon Bolívar, que disse, em 1829, em carta ao representante diplomático britânico nos EUA: “Os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a América com a miséria em nome da Liberdade”.

Daí a importância da resistência e da solidariedade internacional, motivo pelo qual os movimentos da paz vêm realizando atividades e debates, emitindo declarações e renovando seus votos de vitória aos venezuelanos em sua luta contra a elite reacionária, que tem incitado a violência das ruas, apostando na desestabilização e na tentativa de mergulhar o país no caos.

Cebrapaz [www.cebrapaz.org.br]

 

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