GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Governo bolivariano acusa o presidente dos Estados Unidos de violar o direito internacional

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Venezuela repudia ameaça de bloqueio militar anunciada por Trump

Resistência – O governo da Venezuela condenou duramente as declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que ameaçou impor um bloqueio naval e militar ao país como forma de pressionar pela entrega de seus recursos naturais. Em comunicado oficial, o Executivo venezuelano classificou a postura como “imprudente e grave”, ressaltando que se trata de uma ameaça direta à soberania nacional e à ordem jurídica internacional.

A nota divulgada pelo Governo Bolivariano destaca que as declarações foram feitas por Trump em suas redes sociais e representam, segundo Caracas, uma tentativa “absolutamente irracional” de impor um bloqueio com o objetivo de “roubar as riquezas do país”. As informações foram publicadas originalmente pela emissora Telesur, com base em comunicado oficial do governo venezuelano.

De acordo com o texto, Donald Trump teria presumido que “o petróleo, as terras e as riquezas minerais da Venezuela lhe pertenciam”, exigindo a devolução imediata desses ativos. Para o governo venezuelano, essa atitude configura uma violação do direito internacional, do livre comércio e da liberdade de navegação, princípios consagrados em tratados multilaterais e na Carta das Nações Unidas.

Diante do que classificou como “ameaças grotescas”, o governo anunciou que levará o caso formalmente à Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo o comunicado, o embaixador da Venezuela junto à ONU, Samuel Moncada, será responsável por apresentar a denúncia, caracterizando a iniciativa norte-americana como uma “grave violação do Direito Internacional”, em estrita observância às normas da ONU.

No documento, o Executivo venezuelano reafirma que exerce plenamente sua soberania sobre todos os seus recursos naturais e sobre o direito à livre navegação no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. “A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos protege, nossa Constituição e as leis da República, reafirma sua soberania sobre todos os seus recursos naturais, bem como o direito à livre navegação e ao livre comércio”, afirma o texto oficial.

O comunicado também faz um apelo ao povo dos Estados Unidos e à comunidade internacional para que rejeitem a ameaça, considerada “extravagante”, e que, segundo o governo, revela “as verdadeiras intenções de Donald Trump de roubar as riquezas do país”. A nota cita literalmente uma das publicações do presidente norte-americano, na qual ele declarou: “até que todo o petróleo, terras e outros bens que nos foram roubados sejam devolvidos aos Estados Unidos”.

Em resposta, o governo bolivariano sustenta que essa postura confirma uma intenção histórica de apropriação dos recursos venezuelanos por meio de “gigantescas campanhas de mentiras e manipulação”. O texto reforça ainda que “a Venezuela nunca mais será colônia de nenhum império ou potência estrangeira” e que o país seguirá, junto com seu povo, “o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania”.

A declaração é concluída com a reafirmação da posição do povo venezuelano na defesa de seus direitos históricos e de sua independência, evocando palavras de Simón Bolívar: “felizmente, alguns homens livres conseguiram derrotar impérios poderosos”.

Leia a íntegra do Comunicado do Governo Bolivariano da Venezuela

Venezuela unida rejeita grotesca ameaça do Sr. Trump e a denunciará

Na noite de hoje, 16 de dezembro do ano de 2025, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, violando o Direito Internacional, o livre comércio e a livre navegabilidade, lançou uma ameaça temerária e grave contra a República Bolivariana da Venezuela.

Em suas redes sociais, ele assume que o petróleo, as terras e as riquezas minerais da Venezuela são de sua propriedade. E, em consequência, a Venezuela deve entregar-lhe todas as suas riquezas de imediato. O Presidente dos EUA pretende impor de maneira absolutamente irracional um suposto bloqueio militar naval à Venezuela com o objetivo de roubar as riquezas que pertencem à nossa Pátria.

A Venezuela, no pleno exercício do Direito Internacional que nos ampara, de nossa Constituição e das leis da República, ratifica sua soberania sobre todas as suas riquezas naturais, bem como o direito à livre navegação e ao livre comércio no Mar do Caribe e nos oceanos do mundo. Em consequência, procederá em estrito apego à Carta da ONU a exercer plenamente sua liberdade, jurisdição e soberania acima dessas ameaças belicistas.

De imediato, nosso embaixador junto à ONU procederá a denunciar essa grave violação do Direito Internacional contra a Venezuela.

Fazemos um chamado ao povo dos EUA e aos povos do mundo para rejeitar por todos os meios essa ameaça extravagante, que revela mais uma vez as verdadeiras intenções de Donald Trump de roubar as riquezas do país que viu nascer o Exército Unido Libertador da América do Sul e que viu nascer nosso Libertador Simón Bolívar. O povo da Venezuela, em perfeita união popular, militar e policial, saberá defender seus direitos históricos e triunfar pelo caminho da Paz.

O Sr. Donald Trump, de maneira textual, esgrime a seguinte expressão intervencionista e colonialista: “até que retornem aos EUA todo o petróleo, terra e outros ativos que nos roubaram anteriormente”. Sua verdadeira intenção, que tem sido denunciada pela Venezuela e pelo povo dos EUA em grandes manifestações, sempre foi se apropriar do petróleo, das terras e dos minerais do país por meio de gigantescas campanhas de mentiras e manipulações.

A Venezuela jamais voltará a ser colônia de império nem de qualquer poder estrangeiro e continuará percorrendo, junto a seu povo, o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania.

O povo venezuelano, em perfeita união popular, militar e policial, mantém-se firme no cuidado irrestrito de seu território, de suas riquezas e de sua liberdade. Com nosso Pai Libertador dizemos: “por fortuna se viu um punhado de homens livres derrotar impérios poderosos”.

Caracas, 16 de dezembro de 2025

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