GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

O mundo rechaça o bloqueio genocida dos EUA e reafirma a solidariedade com Cuba

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Em uma vitória retumbante da soberania contra a tirania, a Assembleia Geral da ONU desferiu mais um golpe direto no coração do imperialismo estadunidense

Por José Reinaldo Carvalho (*) – Pela 33ª vez consecutiva, a comunidade internacional, em um ato de justiça e rebeldia, rejeitou com força esmagadora o criminoso bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos contra Cuba. A Resolução, apresentada pela heroica ilha socialista, foi aprovada com 165 votos a favor, um verdadeiro tributo à resistência cubana e um repúdio incontestável à política hegemônica de Washington.

Este resultado é um veredicto, uma ata de acusação que expõe perante o mundo, a natureza agressiva e ilegal do imperialismo estadunidense, que mais uma vez viu sua máquina de guerra diplomática ser derrotada. Apesar de uma campanha abjeta de pressões, ameaças e chantagens desesperadas para corromper a vontade das nações, o império fracassou. Sua tentativa de estrangular Cuba e submeter o mundo à sua vontade fracassou redondamente.

Ao lado do regime genocida de Israel e dos Estados Unidos, os governos reacionários da Argentina, Paraguai, Hungria, Ucrânia e Macedônia do Norte mancharam suas mãos com um voto infame, alinhando-se com o carrasco contra a vítima. As abstenções covardes de alguns países europeus e latino-americanos, por sua vez, não passam de uma tentativa pífia de se esquivar de sua responsabilidade histórica perante um crime contra a humanidade.

O mundo assistiu na Assembleia Geral da ONU uma vitória diplomática, política e moral de profundo significado histórico. É a prova viva de que a arrogância imperialista pode ser e será enfrentada e derrotada. A diplomacia cubana, com dignidade inabalável, desmascarou as sujas manobras de Washington, revelando ao mundo as tentativas de chantagem mobilizadas para subverter a vontade dos povos. A esmagadora vitória é, portanto, um ato de repúdio da maioria global ao imperialismo.

O povo cubano, em sua infinita capacidade de resistência, criatividade e unidade, celebra esta conquista como um triunfo de sua Revolução. O Chanceler Bruno Rodríguez ressaltou com razão que esta é uma vitória da soberania nacional, da perseverança e do otimismo revolucionário que define a cultura de luta de Cuba.

Esta vitória fortalece política e juridicamente a luta global contra a impunidade dos EUA. Sinaliza o fim progressivo da era em que Washington podia aplicar sanções unilaterais como armas de destruição em massa sem enfrentar consequências. Reafirma, com força renovada, que as nações do Sul Global e todos os que lutam por uma ordem internacional justa não se curvarão. O princípio é claro: nenhum país será punido por ousar exercer seu direito sagrado à autodeterminação.

A solidariedade internacional com Cuba ecoa como um brado de independência. A esmagadora maioria das nações afirmou, em uma só voz, que os Estados Unidos estão irremediavelmente isolados. Seu bloqueio cruel e anacrônico é um inimigo de toda a humanidade. E diante deste coro mundial de apoio, Cuba não apenas resiste. Cuba avança, luta e, com a certeza que só os defensorers das causas justas possuem, vencerá. A derrota do império é inevitável; a vitória de Cuba, certa.

(*) Jornalista, editor internacionl, membro da Direção Nacional do PCdoB e presidente do Cebrapaz

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