América Latina

Maduro defende unidade dos povos na luta anti-imperialista

22/04/2024

O líder venezuelano afirmou que o mundo multipolar já nasceu e começou a contagem regressiva da dominação imperialista

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou na última sexta-feira (19) Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América – Tratado de Comércio dos Povos (ALBA-TCP) é uma referência moral e política para as populações que lutam.

Durante sua intervenção no Encontro para uma Alternativa Social Mundial, realizado em Caracas, o chefe de Estado fez um apelo à unidade pelo futuro e pela sociedade, informa a Telesur.

“Vamos unir tudo o que pode ser unido pelo futuro, pela sociedade e pela alternativa de uma nova era socialista, construtiva e igualitária, essa é a consigna (…) Hoje a ALBA está se consolidando, é uma referência moral, política, programática, uma referência para os povos que lutam, que sonham”, afirmou.

Além disso, instou a desenvolver novas estratégias para que os povos independentes e soberanos continuem sua luta contra o fascismo.

“Tenhamos uma visão ampla, chegou a hora dos movimentos sociais da ALBA, articularem com uma visão muito ampla uma nova alternativa social mundial contra o capitalismo, contra o fascismo, em função de uma civilização humana de paz e amor, de vida e esperança, de um mundo multipolar dos povos”, enfatizou.

O presidente venezuelano também expressou que a única forma de estar preparado para as lutas que precisam enfrentar é “ter o povo consciente, ativado, informado e mobilizado com seu músculo, no tempo”.

“Aqueles de nós no exercício do poder político e aqueles na resistência e na luta popular, ainda mais. É uma linha muito acertada retomar os movimentos populares de massa na luta agora, contra o neoliberalismo e contra o fascismo que está surgindo como alternativa”, acrescentou.

Por outro lado, o presidente venezuelano alertou que o sionismo está por trás da extrema direita e que esteve presente na região, enquanto comentou que o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, se encarregou de sepultar esse organismo que “hoje está a mil metros sob a terra”.

“Por trás de um (Jair) Bolsonaro, de um (Javier) Milei, está o sionismo colocando suas redes sociais para que ganhem as eleições, colocando o dinheiro; depois que chegam ao poder, se arrastam e se entregam aos interesses do sionismo. É coincidência? Nós vimos denunciando isso, mas parece que a denúncia não está sendo ouvida. O sionismo está por trás da extrema direita. Aqui na Venezuela estão por trás dos sobrenomes, da Machado (Maria Corina), do Capriles (Henrique), todos saíram para aplaudir o genocídio contra o povo palestino, o ataque e bombardeio com mísseis do Consulado do Irã em Damasco, todos. Aqui também são um construto do sionismo”, destacou.

O presidente reafirmou que na Venezuela eles não passarão e que o povo triunfará sobre o fascismo, o sionismo, a oligarquia. 

Nova época de transição

O presidente venezuelano reiterou a necessidade de construir uma nova alternativa social mundial para uma “nova época de transição”.

“Uma nova época de transição para o socialismo, uma nova civilização, a civilização do amor, da igualdade, da solidariedade, da vida, sem impérios hegemônicos, sem colonialismo, sem fascismo, sem neoliberalismo, sem capitalismo selvagem”.

Além disso, alertou sobre o que pode acontecer se as forças populares ficarem “com os velhos discursos, com as velhas consignas, com as velhas formas de fazer política, passarão por cima de nós e nos transformarão em pó cósmico. 

Por outro lado, destacou que o mundo multipolar já nasceu e que o imperialismo sabe disso, pois isso significa que “começou a contagem regressiva do domínio, da hegemonia dos impérios coletivos do Ocidente (…) eles começaram sua contagem regressiva, e a humanidade que vem será muito melhor”.

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