Venezuela
Venezuela promove democracia participativa com realização de consulta popular
O país bolivariano submeteu neste domingo ao crivo da população a destinação de verbas públicas
Uma jornada de consulta popular realizada em clima de total normalidade em mais de 15 mil centros de votação instalados no país, resultou na aprovação, com alta participação e voto direto, de 4.500 projetos que beneficiarão as comunas venezuelanas, informa a Telesur .
Na reta final de um dia marcado pela participação cidadã e tranquilidade, a porta-voz da Comissão Eleitoral Nacional, Carolina Arellano, informou em uma coletiva de imprensa que os projetos aprovados entrarão na fase de implementação durante a próxima semana. “A Venezuela venceu nesta festa eleitoral”, afirmou.
Ela destacou que a contagem dos votos está em andamento em todo o território nacional e destacou o espírito participativo do processo, com suas assembleias de bairros das quais surgiram mais de 27.000 propostas em todo o território nacional.
Ela enfatizou que durante o dia, mais de 49.000 conselhos comunais e 1.300.000 porta-vozes estiveram ativos, ainda colaborando com a auditoria e o escrutínio. Ela parabenizou os conselhos comunais por seu trabalho organizativo e a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) pela entrega do material eleitoral, assim como os 158 observadores internacionais.
Ao destacar a importância do que considerou um dia histórico, o presidente Nicolás Maduro parabenizou os conselhos comunais. Ele enfatizou a importância de pessoas comuns, que amam seu bairro e município e estão conscientes, decidindo sobre questões de suma importância para sua comunidade.
Ele valorizou que essa experiência deve ser multiplicada e transformada em prática permanente. É uma democracia cotidiana, apreciou o chefe de Estado, que considera que uma verdadeira democracia é aquela que confia no povo e lhe dá voz e direito de decidir sobre seus assuntos.
“A consulta realizada neste domingo é uma manifestação de uma democracia popular de grande vitalidade envolvendo todas as comunas do país para decidir sobre o destino do dinheiro da nação, onde e como devem ser gastos os recursos. Cada cidadão indica uma obra a ser realizada. Têm direito ao voto os eleitores a partir dos 15 anos de idade. Não há orçamento secreto! Um importante critério para avaliarmos a democracia em uma sociedade é justamente quem determina a destinação e uso dos recursos do país. Ao invés de orçamento secreto, a escolha em manifestação direta da aplicação destes recursos”, afirmou Socorro Gomes, diretora internacional do Cebrapaz (Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz), que participou de eventos internacionalistas na Venezuela nos últimos dias e do grupo de observadores internacionais da consulta.