Esperanças renovadas e lutas à vista

07/01/2015

O ano de 2015 começou cheio de esperança para o povo brasileiro, confiante em que, com a posse da presidenta Dilma Rousseff para exercer mais um mandato, o processo de mudanças e reformas, conquistas políticas e sociais prosseguirá.

Por José Reinaldo Carvalho, editor do Portal Vermelho

Foi o que a própria presidente assegurou nos dois pronunciamentos que fez no histórico dia 1º de janeiro, quando apresentou indicações claras e seguras sobre os rumos e as diretrizes que adota em seu segundo mandato.

Depois de fazer o balanço dos 12 anos de governos democrático-populares, Dilma reafirmou compromissos da campanha eleitoral e especificou tópicos de seu programa de governo, alguns novos, como a prioridade para a Educação, elevada à categoria de lema principal do governo – “Brasil, pátria educadora”, o anúncio do PAC 3 e uma abordagem inovadora da questão da Segurança Pública, que será objeto de uma emenda constitucional para assegurar a conjugação de ações de todos os entes federativos no enfrentamento deste grave problema social.

Dilma abordou com transparência e frontalidade o complexo e sensível tema dos ajustes na economia, num quadro em que o país enfrenta enormes dificuldades. “Vamos fazer ajustes na economia sem revogar direitos conquistados.” Assumiu o compromisso de não revogar nenhum direito laboral e previdenciário.

Os movimentos sindicais e populares têm, em diferentes momentos, reiterado sua confiança na presidenta. O líder sindical Adílson Araújo, da CTB, em entrevista à Rádio Vermelho, reafirmou o compromisso da classe trabalhadora no apoio ao governo de Dilma Rousseff, a disponibilidade total para o diálogo e a mobilização social em defesa de suas conquistas e por mais avanços.

 

Surgiu um forte debate político na questão da reforma agrária, devido às declarações de caráter conservador e mesmo reacionário da nova ministra da agricultura, Katia Abreu, que não perde uma só oportunidade para atacar os movimentos dos trabalhadores rurais e a reforma agrária. De acordo com a ministra, cuja designação foi duramente criticada pelos movimentos de trabalhadores do campo, no Brasil não existe latifúndio. Foi imediatamente refutada pelo MST, o MLT e um dos seus colegas de Ministério, o titular da pasta do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias.

Merece ainda destaque entre os fatos políticos de maior relevância neste início de ano, a nomeação do camarada Aldo Rebelo, um dos mais destacados líderes do PCdoB, para o posto de ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação.

A comissão política nacional do PCdoB, reunida em Brasília na última terça-feira, dia 6, saudou a decisão da presidenta Dilma e considerou que a partir de agora o partido tem diante de si um desafio maior e mais complexo do que o enfrentado com êxito ao longo dos últimos 12 anos à frente do Ministério do esporte, em face do papel estratégico que a ciência, a tecnologia e a inovação devem exercer no contexto do desenvolvimento nacional e da luta por um projeto nacional de desenvolvimento com justiça social.

Tudo indica que o ano de 2015 será um período de importantes tarefas políticas para as quais os comunistas devem estar politicamente lúcidos e bem dispostos.

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