Guerra comercial
China publica livro branco sobre conflito comercial com Estados Unidos
A China publicou na segunda-feira (24) um livro branco para esclarecer os fatos sobre as relações econômicas e comerciais com os EUA, demonstrar sua posição no conflito comercial com os Estados Unidos e buscar soluções razoáveis.
Excluindo o prefácio, o documento de 36 mil caracteres chineses inclui seis partes: cooperação mutuamente benéfica e de ganhos recíprocos China-EUA na área comercial e econômica, esclarecimento dos fatos sobre as relações comerciais e econômicas China-EUA, práticas protecionistas comerciais da administração norte-americana, práticas de hegemonismo comercial da administração norte-americana, prejuízo das práticas impróprias da administração norte-americana para a economia global, e posição da China.
A China é o maior país em desenvolvimento do mundo e os Estados Unidos, o maior país desenvolvido, disse o livro branco. “As relações comerciais e econômicas entre a China e os Estados Unidos são de grande significado para os dois países assim como para a estabilidade e o desenvolvimento da economia mundial.”
O livro branco diz que os dois países estão em diferentes fases de desenvolvimento e têm diferentes sistemas econômicos, e que certo grau de disputa comercial é natural. “A chave, porém, reside na forma como aumentar a confiança mútua, promover a cooperação e lidar com as diferenças.”
No espírito de igualdade, racionalidade, e realizar ações para chegar a consensos, os dois países criaram vários mecanismos de comunicação e coordenação como a Comissão Conjunta sobre Comércio e Negócios, o Diálogo Estratégico e Econômico e o Diálogo Econômico Abrangente, segundo o livro branco.
Cada um fez enormes esforços nos últimos 40 anos para superar todos os tipos de obstáculos e impulsionar as relações econômicas e comerciais, o que serviu como lastro e fator propulsor do relacionamento bilateral geral, indicou o livro branco.
Porém, a nova administração do governo norte-americano tem exaltado o “América Primeiro” desde que tomou posse em 2017, abandonando as normas fundamentais de respeito mútuo e consulta equitativa que orientam as relações internacionais, diz a publicação.
“Além disso, a parte norte-americana pregou audaciosamente o unilateralismo, o protecionismo e a hegemonia econômica, fazendo acusações falsas contra muitos países e regiões, particularmente a China, intimidando outros países através de medidas econômicas como imposição de tarifas, e tentando impor seus próprios interesses na China através de pressão extrema,” segundo o livro branco.
O livro branco enfatizou que a China respondeu a partir da perspectiva dos interesses comuns de ambas as partes, assim como da ordem do comércio mundial, observando o princípio de resolver as disputas através do diálogo e consultas, e respondendo às preocupações dos Estados Unidos com o maior nível de paciência e boa fé.
A parte chinesa tem lidado com estas diferenças com uma atitude de buscar o terreno comum e pôr de lado a divergência, disse o livro branco. “Superou muitas dificuldades e fez enormes esforços para estabilizar as relações econômicas e comerciais China-EUA realizando rodadas de discussões com a parte norte-americana e propondo soluções práticas.”
Porém, os Estados Unidos tem se contradito e desafiado constantemente a China, diz o documento.
“Como resultado, a fricção comercial e econômica entre os dois lados agravou-se rapidamente durante um pequeno período de tempo, causando danos sérios para as relações econômicas e comerciais que se desenvolveram ao longo dos anos através do trabalho coletivo dos dois governos e dois povos, e representando uma ameaça grave ao sistema do comércio multilateral e ao princípio do livre comércio.”
O governo chinês publicou o livro branco para esclarecer os fatos sobre as relações econômicas e comerciais China-EUA, demonstrar a posição chinesa na fricção comercial com os Estados Unidos, e buscar soluções razoáveis.
Resistência, com Diário do Povo