GEOPOLÍTICA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Alba denuncia cerceamento da liberdade de expressão na Argentina[:es]Nuestro Norte seguirá siendo el Sur, defendamos la libertad de expresión y la integración latinoamericana

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O presidente argentino, Mauricio Macri, anunciou que a Argentina abandonará a Telesul. A Articulação Continental dos Movimentos Sociais da Aliança Bolivariana para os povos da Nossa América (Alba Movimentos) emitiu nesta segunda-feira (28) uma nota denunciando mais este ataque do governo neoliberal de Macri, contra a democracia e os direitos sociais. Leia a íntegra.

Nosso Norte continuará sendo o Sul, defendamos a liberdade de expressão e a integração latino americana

O governo de Mauricio Macri tornou público, através do jornal La Nación, que o Estado argentino já não fará parte da sociedade proprietária da Telesul. Isto implica que a agência e a estação de TV multiestatal deixará de ser transmitida desde a plataforma estatal Televisão Digital Aberta (que atinge mais de 80% dos habitantes da Argentina), e também deixaria de ser inclusão obrigatória nas redes de todas as operadoras a cabo no país.

Entendemos que essa ação é uma clara violação da liberdade de expressão, já que privará as argentinas e argentinos de receberem informações alternativas às promovidas e divulgadas pela grande mídia neste país, totalmente alinhadas com as políticas antipopulares e neoliberais do governo da PRO[1], que, em pouco mais de cem dias no cargo, segue uma linha que provocou a anulação da Lei dos Serviços Audiovisuais, que garantia uma pluralidade de vozes e proibia o  monopólio dos meios de comunicação de massa;  dezenas de jornalistas que se  opuseram à medida foram demitidos; com a censura de programas de rádio e de televisão não alinhados ao governo; e a perseguição de emissoras não afins, como as estações C5N e CN23.

O artigo 13 da Convenção Americana dos Direitos Humanos define que a liberdade de pensamento e de expressão “inclui a liberdade de procurar, receber e transmitir informações e ideias de todos os tipos, independentemente de fronteiras, seja oralmente, por escrito ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer outro meio à sua escolha “. Retirar a Telesul da grade da TDA[2] é uma violação deste direito para a Argentina, em particular, e para a América Latina como um todo. Graças à Telesul tem sido possível difundir as lutas sociais e as consequências das políticas de ajuste que afligem o povo argentino, assim como as políticas intervencionistas do imperialismo em todo o continente.

Não é por acaso que este anúncio é feito poucos dias depois da visita do presidente dos EUA, Barak Obama, à Argentina, onde manifestou seu apoio ao governo macrista, que está rapidamente se tornando a ponta de lança para o progresso imperialista na região. Por isso, retirar a Telesul das plataformas estatais e privadas não é apenas uma política isolada do governo argentino, mas faz parte de uma estratégia continental para ilhar os processos de mudança no continente, bem como provocar a invisibilidade dos movimentos populares que enfrentam as políticas neoliberais e antipopulares.

Trata-se de um forte ataque à unidade latino-americana, de uma perspectiva popular e independente das grandes potências hegemônicas, que ao longo das décadas irradiava sua versão dos acontecimentos, através de seus dispositivos de comunicação que legitimam e defendem a ordem neocolonial e dependente dos povos latino-americanos. Portanto, o ataque à Telesul é uma agressão à Nossa Grande Pátria Americana e à dignidade dos povos que recomeçamos a nos levantar, com a recuperação da nossa história e da nossa identidade comum.

Estamos em estado de alerta, desde a Articulação Continental dos Movimentos da Alba, para este ataque aos sistemas de comunicação pelos governos de direita, com o objetivo de censurar as vozes do campo popular, e repudiamos o anúncio do governo argentino, sobre a sua saída da Telesul, como um ato de violação à pluralidade de vozes na Argentina e no continente.

Fazemos um apelo a todos os movimentos populares da Nossa América e de todo o Mundo, a todos os setores políticos antineoliberais e democráticos, aos sindicatos, intelectuais, jornalistas e profissionais da comunicação, a acompanharem esta luta em defesa da expressão dos povos e da divulgação de suas lutas.

Nosso Norte continuará sendo o Sul!

Sem a Telesul não há liberdade de expressão!

 

[1] PRO = Propuesta Republicana (N.T.)

[2] TDA – Televisão Digital Aberta (N.T.)

 

Fonte: Alba Movimentos

Tradução: Maria Helena D’Eugênio para o Resistência

[:es]El gobierno Ceocrático de Mauricio Macri hizo público, a través del diario La Nación, que el Estado argentino ya no integrará la sociedad propietaria de Telesur. Esto implica que la agencia y televisora multiestatal dejará de emitirse en la plataforma estatal Televisión Digital Abierta (que llega a más del 80% de los habitantes de Argentina), y también dejaría de ser inclusión obligatoria en las grillas de todos cableoperadores del país.

Entendemos que este accionar es una clara violación a la libertad de expresión, pues privará a argentinas/os de recibir información alternativa a la que promueven y difunden los medios hegemónicos en este país, totalmente alineados con  las políticas antipopulares y neoliberales del gobierno del PRO, que, en poco más de cien días de gestión, lleva un  derrotero que cuenta con la anulación de la Ley de Servicios Audiovisuales, que garantizaba un piso de pluralidad de voces y prohibía la concentración monopólica de los medios masivos de comunicación; con decenas de periodistas críticos despedidos; con la censura de programas radiales y televisivos no encolumnados con el gobierno; y la persecución a emisoras no afines como C5N Y CN23.

En el  artículo 13 de la Convención Americana sobre Derechos Humanos se define que  la libertad de pensamiento y de expresión  “comprende la libertad de buscar, recibir y difundir informaciones e ideas de toda índole, sin consideración de fronteras, ya sea oralmente, por escrito o en forma impresa o artística, o por cualquier otro procedimiento de su elección”. Sacar a Telesur de la grilla de TDA es una violación a este derecho para los argentinos en particular y para los latinoamericanos en general. Ya que gracias a Telesur se han podido difundir las luchas sociales y las consecuencias de las políticas de ajuste que sufre el pueblo argentino como las políticas injerencistas del imperialismo en todo el continente.

No es casual que este anuncio se haga a pocos días de la visita del presidente norteamericano Barak Obama a la Argentina, en manifiesto apoyo al gobierno macrista, quien se está constituyendo en la punta de lanza para el avance imperialista en la región, por eso quitar a Telesur de las plataformas estatales y privadas no es solo una política aislada del gobierno argentino sino que es parte de una estrategia continental que busca aislar a los procesos de cambio en el continente, como también la invisibilización de los movimientos populares que se enfrentan a las políticas neoliberales y antipopulares.

A su vez es un fuerte atentado contra la unidad latinoamericana desde una perspectiva popular e independiente de las grandes potencias hegemónicas, que durante décadas y décadas han irradiado su versión de los acontecimientos a través de sus aparatos comunicacionales que legitiman y defienden el orden neocolonial y dependiente de los pueblos latinoamericanos. Por ello, la avanzada contra Telesur es una avanzada contra Patria Grande Nuestroamericana, y la dignidad de los pueblos que nuevamente empezamos a levantarnos con la recuperación de nuestra historia y nuestra identidad común.

Desde la Articulación Continental ALBA  Movimientos estamos en alerta ante esta avanzada comunicacional de los gobiernos derechistas para censurar las voces del campo popular, y repudiamos el anuncio del gobierno argentino de  salirse  de Telesur como un acto que atenta contra la pluralidad de voces en Argentina y en el continente.

Hacemos un llamamiento a todos los movimientos populares de nuestra América, y del Mundo, a todos los sectores políticos anti neoliberales y democráticos, a los sindicatos, intelectuales, periodistas y profesionales de la comunicación,  a acompañar esta lucha en defensa de la expresión de los pueblos y el reflejo de sus luchas.

 

¡Nuestro Norte seguirá siendo el sur!

¡Sin Telesur no hay libertad de expresión!

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